A barreira entre fantasia e infidelidade se torna cada vez menos sólida porque a internet inundou o mercado com as imagens e sons de pessoas reais fazendo sexo real. É o que afirma Ross Douthat, editor sênior da revista “Atlantic Monthly”, em entrevista concedida ao site da publicação.
Para Douthat, o homem que assiste a material pornográfico explícito não está apenas testemunhando atos sexuais, mas participando deles.
Ainda de acordo com ele, a era da internet conduziu a experiência da pornografia a uma posição muito mais próxima do adultério do que a maioria dos usuários de pornografia gostaria de admitir.
“A mulher em um vídeo pornô pesado não está apenas permitindo que seu corpo seja usado como objeto das fantasias masculinas. Está fazendo sexo de verdade, e não para ela ou seu parceiro: ela o faz para o consumidor, o espectador”, afirma.
Douthat informa distinguir o limite entre “realidade e fantasia que é lícito fazer”. Quanto mais próxima a atividade sexual está do sexo real, igualmente mais próxima está ela do adultério.
“Talvez fosse válido refletir um pouco mais sobre o que de fato acontece no caso de alguém que paga para receber um vídeo de sexo pesado e o assiste se masturbando em sua casa”, diz.
Adaptado: Folha online / Gospel+