Em um longo depoimento gravado em vídeo, a jovem Janiyah Castle contou que desde os 8 anos de idade sentia-se atraída por mulheres, e na adolescência se tornou dependente de pornografia, mas tudo isso mudou quando teve um encontro real e pessoal com Jesus.
Aos 20 anos de idade, Janiyah contou que sua família é cristã e foi criada em uma igreja pentecostal, mas isso não tinha significado particular para ela: “A igreja era rotineira. Era repetitiva. Não era algo que eu realmente desejasse. Mas eu respeitava a Deus. Eu sabia que Ele deveria ser obedecido, amado, mas eu realmente não sabia o que isso significava para mim pessoalmente”.
Em seu relato, contou que passou a sentir atração LGBT ainda aos 8 anos de idade, e com apenas 9 foi exposta à pornografia, algo que se tornou intenso nos anos seguintes. Seu porte físico e as diferenças em relação às outras meninas ajudaram a formar um estereótipo que ajudou a consolidar seus impulsos:
“Eu era muito mais alta. Minha voz era mais profunda. Eu gostava de muitas coisas diferentes que a maioria das garotas não gostava. Lembro-me de estar no Ensino Fundamental, tínhamos recreio e não era eu quem brincava de esconde-esconde como as meninas faziam, queria ser jogadora. Havia muitas diferenças entre as meninas da minha idade”, ela relembrou.
“Não queria usar rosa. Não queria usar vestidos, saias, nada parecido. Por causa dessas diferenças, nossos colegas de classe e as pessoas ao meu redor começaram a me rotular de ‘moleca’”, acrescentou. Nessa “crise de identidade”, ela decidiu que seria essa personagem: “Tinha essa atração por meninas, e havia muitas inseguranças acontecendo enquanto ainda estava no ensino fundamental”, disse ela.
Quando Janiyah começou o Ensino Médio, entrou para o time de basquete e recebeu o apelido de “Castle”, que é seu sobrenome. “Acredito que naquela época foi uma espécie de confirmação para mim de que as pessoas me chamavam assim porque [meu primeiro nome] não combinava. Me chamaram de ‘Castelo’, e pensei ‘este é um termo neutro’. Isso aprofundou a confusão que eu tinha naquela idade e comecei a ficar ainda mais confusa”, contou ela.
“Entre a sexta e a sétima série, assistir pornografia tornou-se mais um vício. Chegou a um ponto em que eu não conseguia fazer nada ou ficar muito tempo sem assistir pornografia, […] [falar] mais palavrões […] Quanto mais exposta à escuridão eu ficava, mais sombrio eu ficava, você sabe, mais imunda”, lamentou.
Por volta da sétima série, Janiyah chegou à conclusão que deveria ser “bissexual”, passando a usar roupas masculinas: “Eu simplesmente senti que precisava manter essa personalidade de gênero neutro. Eu não tinha um prazo para isso. Tudo que eu sabia era que não me sentia confortável no corpo que o Senhor me deu”.
Família de joelhos
Embora estivesse vivendo uma vida confusa, a família nunca a abandonou. A mãe e a avó perseveraram em oração para que ela ficasse livre da atração LGBT e pornografia, e quando Janiyah chegou à oitava série, sentiu que seria melhor abandonar os palavrões e teve curiosidade para ler a Bíblia Sagrada.
“Por que eu quero ler a Bíblia? Já me canso disso nos estudos bíblicos de domingo e quarta-feira à noite”, ela se lembra de ter se perguntado à época. Meses depois, ela passou a procurar vídeos de pregações na internet, além de se dedicar a prestar mais atenção durante os cultos na igreja.
“Lembro-me de entrar no aplicativo da Bíblia e fazer devocionais diferentes sobre o fruto do Espírito, as bem-aventuranças. Estava crescendo no conhecimento de Deus e conhecendo o caráter do Senhor, mas ainda não tinha me arrependido dos meus pecados ou os confessado”, narrou Janiyah.
Nessa jornada, ela voltou a sentir desejo de assistir pornografia, mas decidiu procurar uma amiga cristã, dois anos mais velha, e confessar suas dificuldades e pedir ajuda. A amiga recomendou que assistisse uma pregação e enviou a ela o vídeo: “Cliquei nele e era um vídeo de 58 minutos. No começo, pensei: ‘Vou assistir os primeiros 10 minutos e depois desligo’. Mas… foi o Espírito de Deus que me ajudou a sentar ali e assistir aquele vídeo de 58 minutos. Foi Paul Washer. Ele estava em uma conferência de jovens falando sobre Mateus 7, falando sobre quando Jesus diz que aqueles que fizerem a vontade de Deus herdarão o reino”.
O vídeo referido por Janiyah ficou conhecido como a “pregação chocante de Paul Washer“, em que o pastor fala de maneira contundente contra a falsa compreensão sobre o que significa ser cristão.
“Isso apenas trouxe à tona a realidade do meu pecado. Lembro-me do gosto de qualquer forma de pecado, da pornografia, que simplesmente saiu de mim, como o desejo de pecar, o desejo de pornografia, tudo desapareceu. E então eu estava sentada lá e eu pensei ‘Oh meu Deus’”, disse a jovem, resumindo o sentimento de arrependimento.
Depois de alguns meses, Castle disse que continuou a conversar com Jesus, pedindo-lhe que a libertasse do vício em pornografia: “Quando criança, eu sabia que Jesus não veio apenas para nos fazer felizes, mas também para nos libertar. […] Lembro-me de me arrepender e confessar meus pecados ao Senhor por volta dos 15 anos”, acrescentou.
Intimidade
No início da nona série, Janiyah sentia que já possuía um relacionamento mais íntimo com Jesus: “Esta foi uma transição difícil porque agora eu não era mais uma filha do diabo. Agora eu era uma filha do Senhor. Eu era uma nova criação. Eu me sentia assim. Estava indo para a nona série. E eu realmente defini que estar no Ensino Médio seria um período realmente santificador, e sei que estamos todos santificados e sendo purificados, mas estar no Ensino Médio realmente abriu a porta para eu entender o andar no Espírito e o andar na carne”.
Janiyah disse que quando sentiu o desejo de “cair”, o Espírito trouxe de volta à sua lembrança que fazer isso “só leva à morte”: “Isso é tudo que eu ouvia sempre: ‘Isso só leva à morte’. Ele trazia de volta à minha lembrança Romanos 6, como podemos continuar no pecado se fomos ressuscitados com Cristo e batizados com Cristo. Não podemos mais viver em pecado. Somos novas criaturas. […] Me rendi ao Senhor e descobri que, após um exame profundo e completo do coração, tive que perceber que realmente não queria as atrações. Desapareceu. Isso foi difícil para mim perceber”, testemunhou.
Sua conclusão é que sua atração LGBT só deixaria de existir quando se rendesse autenticamente a Jesus: “Neste ano, quando comecei a colocar todo o meu coração a Deus, clamando a Ele e realmente querendo que isso acabasse, em fevereiro deste ano, percebi que a atração pelas mulheres havia desaparecido. Fiquei chocada. Senti isso durante toda a minha vida, desde os 8 anos de idade. Para que isso fosse embora… esse é o poder do sangue e da entrega a Jesus”.
Hoje, já no segundo ano da faculdade, Janiyah Castle disse que se conectou com outras mulheres cristãs que pensam como ela e manteve amizades significativas, sem estímulos a desejos e sentimentos lascivos.
“Estando na faculdade, o Senhor fez muito por mim e em mim, e através de mim para os outros. Uma das primeiras coisas com que Ele tratou, especialmente neste ano, meu segundo ano, foi a maneira como eu me via. Então, com a pornografia, fui realmente contaminada na maneira como eu me via e a maneira como eu via as pessoas e especialmente a intimidade sexual entre homens e mulheres”, destacou, expondo um dos diversos danos causados pelo consumo de material erótico.
“Havia muitas atitudes e mentalidades das quais o Senhor teve que me livrar, e Ele fez muito disso neste ano. […] Agora, posso estar em um grupo; na presença de mulheres de Deus, e ter grande comunhão, ter conversas piedosas, e não há desejo de fazer nada com elas. Eu as amo com o amor de Jesus”, testemunhou Janiyah no canal Delafé Testimonies.