Um grupo de jovens missionários resolveu abandonar suas carreiras seculares para se dedicar, ao longo de um ano inteiro, ao trabalho de evangelismo de tribos indígenas no estado do Tocantins.
Os 29 missionários abandonaram empregos, cursos de graduação e outros projetos para se dedicar ao projeto Um Ano em Missão, da Igreja Adventista, com foco nas aldeias das tribos karajás, apinajés e xerentes, em locais como Ilha do Bananal, Tocantinópolis e Tocantínia, onde existe a proposta de plantar uma igreja.
Segundo informações do portal Notícias Adventistas, cada um dos jovens que fazem parte do grupo têm histórias diferentes, sacrifícios idem, mas em comum está o interesse em expor a mensagem do Evangelho às tribos indígenas. O serviço será acompanhado de projetos sociais nas principais dificuldades locais.
A estudante Loise de Moraes decidiu abandonar o curso de Publicidade e Propaganda, em Várzea Grande (MT), para se dedicar ao projeto ao longo do ano na cidade de Tocantínia, que tem pouco mais de 7 mil habitantes e fica a 85 km da capital do estado, Palmas.
Inicialmente, Loise tinha decidido trancar a matrícula, o que a permitiria retomar a graduação posteriormente, de onde havia parado. Mas, quando concluiu o treinamento em missões, mudou de ideia: “Estou deixando o curso. Não volto mais. A partir de agora quero algo na área de saúde para ajudar na missão”, comentou.
O testemunho de Wilson Lima é ainda mais marcante, pois ele passou por uma situação que só o Evangelho poderia transformar. Na adolescência, foi interno da Fundação Casa (antiga Febem), instituição paulista voltada a jovens infratores. Quando conheceu a Palavra de Deus através de um trabalho evangelístico, aceitou a Jesus e foi batizado nas águas.
Algum tempo depois, mudou-se para o Mato Grosso, onde conheceu maiores detalhes sobre o projeto Um Ano em Missão e decidiu participar: “É uma oportunidade de levar a outras pessoas a mensagem que me ajudou a mudar de vida. Através do nosso trabalho, queremos levar muitas pessoas para Cristo”, ressalta.
O coordenador do projeto, pastor Joni Roger, acredita que o impacto da iniciativa nas aldeias e comunidades vizinhas será um catalisador de outras boas ideias: “Nós acreditamos que essa juventude pode influenciar a Igreja como um todo, assim como as ondas de uma pedra jogada no lago que se propagam”, disse. “Poucas pessoas influenciam tanto quanto um jovem motivado e focado”, acrescentou.