Recém eleita, Dilma Rousseff agora pode ser chamada de Presidente. A candidata petista se elegeu com 56% dos votos válidos contra 43% de José Serra, 28% dos eleitores preferiram abster, votar branco ou nulo. O Gospel+ faz uma retrospectiva especial com o resumo da campanha da primeira presidente mulher do Brasil e das Eleições 2010.
O “namoro” de Dilma Rousseff com a Igreja Evangélica começou muito antes das eleições, na verdade o primeiro apoio protestante que recebeu foi da Igreja Renascer. Estevam e Sônia Hernandes estiveram com Dilma quando o dia da Marcha para Jesus foi instituido, na época a petista lutava contra um câncer linfático. Em um culto os líderes da Reanscer afirmaram que após orarem com Dilma pela cura do câncer, a então ministra foi curada. Depois foi revelado que a cura só aconteceu 50 dias depois e devido a quimioterapia que Dilma fazia a meses.
Já no período eleitoral em meio a promessas e comícios a “normalidade” parou quando um pastor batista do Paraná ganhou destaque internacional e o ódio de petistas ao pedir para que os evangélicos não votassem nos candidatos do PT, já que em suas diretrizes o partido e seus afiliados são a favor do aborto, casamento gay, eutanásia e outros assuntos polêmicos. Em seguida, um e-mail falso foi amplamente difundido afirmando que a então candidata teria dito que nem Jesus tiraria sua vitória. Estava iniciada a “guerra santa eleitoral”, já que os evangélicos realmente tinham mais força do que se pensava.
Em meio a campanha com extremo apelo religioso, Dilma e o PT mudaram o discurso sobre diversos assuntos. Primeiro a candidata era a favor do aborto, depois se disse contra e por fim assinou um termo se comprometendo a não alterar a lei nacional sobre o tema que permite o aborto em casos de risco de morte para a mãe ou estupro.
Sobre o homossexualismo a candidata foi mais evasiva. Assim como seu partido, Dilma é a favor da união homossexual e da PL 122, inclusive afirmou que pretende aprovar o projeto de lei caso ele seja aprovado no senado. A candidata também bateu bastante na tecla da liberdade de religião onde afirmou que não restringirá nenhum culto. Essa foi uma alfinetada no candidato José Serra onde em seu governo conseguiu a raiva de alguns grupos evangélicos por, junto com a prefeitura de São Paulo, fechar alguns templos que estavam ilegais ou sem segurança para os frequentadores.
Seu vice, Michel Temer, é outro que não é muito bem visto pelos evangélicos, tanto que no segundo turno ficou esquecido para não levantar a poeira, já que este seria maçom e/ou satanista segundo alguns crentes. Em todo o país evangélicos se reuniam para fazer campanha contra Dilma.
Dilma também foi a diversas comemorações católicas e até batizou seu neto em uma delas, a petista também tomou um “banho de axé” em Salvador. No começo da campanha foi a algumas igrejas evangélicas e discursou no pulpito, mas no segundo turno deixou essa interação com os protestante para seus aliados, tendo os bem votados Marcelo Crivella e Magno Malta, líderes da bancada evangélica no Senado, como seus fiéis escudeiros na hora de pedir votos protestantes. O bispo da Assembléia de Deus de Madureira, Deputado Manoel Ferreira, liderou a equipe da petista para conseguir apoio evangélico e assim conseguiu a Igreja Universal, que também é a favor do aborto, como forte aliada. Edir Macedo, líder da Universal, chegou a trocar ofensas e acusações em público com Silas Malafaia, líder da Vitória em Cristo, por motivos políticos. No meio da briga, Dilma passou Serra nas intenções de voto entre os evangélicos. Em seguida confirmou a vitória nas urnas.
Com as dificuldades normais de quem disputa sua primeira eleição, Dilma Rousseff foi eleita a Presidente do Brasil. Você pode opinar aqui sobre a eleição.
Fonte: Gospel+