O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, teve a iniciativa de convocar líderes religiosos para uma reunião, em Brasília, a fim de buscar consolidar uma parceria de cooperação para a promoção do diálogo e da harmonia nas eleições desse ano.
O encontro foi realizado na tarde da última terça-feira (06). “Hoje, com o auxílio formoso das luzes desses homens e mulheres de brio, damos início a uma importantíssima reflexão coletiva”, declarou Fachin na ocasião.
“Convictos de que a promoção da paz e da tolerância manterá a democracia em seu prumo, para que prossigamos como irmãs e irmãos, pesem as discordâncias políticas, sob os signos da brandura e da temperança”, completou.
Antes da reunião, contudo, o pastor Silas Malafaia gravou um vídeo em tom de alerta, fazendo duras críticas ao presidente do TSE. Segundo o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o magistrado teria tentado agir contra a liberdade dos líderes religiosos no passado, através de uma proposta contra o ‘abuso de poder religioso’.
O pastor se referiu a uma tese levantada por Fachin em agosto de 2020, durante uma sessão do TSE. Segundo a proposta, a intenção seria incluir o abuso de poder religioso entre os tipos de conduta que podem afetar a igualdade entre candidatos numa eleição.
Apesar de não se falar em cerceamento de liberdades, nem de criminalização de líderes religiosos no pleito eleitoral, pastores como Malafaia enxergaram na proposta uma espécie de pegadinha, a fim de limitar a atuação dos evangélicos nas eleições.
No vídeo onde critica o presidente do TSE, Silas Malafaia chama o ministro de “esquerdopata de carteirinha” e alega que “um líder religioso que sabe das coisas não vai cair nesse jogo. Nós não vamos ser usados por esses interesses mesquinhos. Será que o ministro Fachin pensa que nós somos idiotas?”. Assista: