Uma barbárie cometida por extremistas no Quênia tirou a vida de seis cristãos, que tiveram seus corpos carbonizados a um nível que o reconhecimento se tornou improvável.
Um grupo de supostos militantes do grupo terrorista Al-Shabaab torturou e matou seis cristãos, sendo que cinco deles foram decapitados em um vilarejo da região de Lamu, na costa do Quênia.
“É horrível ver os corpos das pessoas mortas e as casas fumegando no fogo. Este é inegavelmente um terrível ataque terrorista”, disse o pastor Stephen Sila, que estava no local do ataque no vilarejo de Widhu em Lamu West.
O relato foi feito pela entidade de monitoramento da perseguição religiosa International Christian Concern (ICC), de acordo com informações do portal The Christian Post.
“Eu contei sete casas que foram incendiadas, quatro corpos de pessoas queimadas além do reconhecimento dentro das casas”, disse o pastor Sila. “Um corpo morto a tiros do lado de fora de uma casa queimada e outro corpo decapitado ao lado dela. Outros moradores escaparam no escuro e a polícia ainda está procurando por eles”, acrescentou.
Terror
O ataque ocorreu durante a madrugada da última segunda-feira, 03 de janeiro, enquanto os moradores ainda dormiam, resumiu o comissário do condado de Lamu, Samson Macharia.
Cinco das 6 vítimas tiveram as mãos amarradas nas costas antes de serem decapitados, relatou a imprensa local: “Todos os falecidos tiveram as mãos amarradas por trás. Além disso, várias casas foram incendiadas na localidade e propriedades de valor desconhecido foram queimadas”, disse o jornal The Standard, a partir de um relatório da Polícia.
O pastor que falou ao ICC acrescentou: “Os residentes se reuniram e estão perguntando por que os oficiais de segurança não estavam fazendo o suficiente para proteger os cristãos de serem atacados pelos militantes somalis. Há um impasse agora, mas mais policiais estão chegando para recolher os corpos e também evacuar aqueles que precisam de atendimento médico de emergência”.
O comissário Macharia também chamou de ataque terrorista e disse que as forças de segurança estavam caçando os militantes em uma floresta próxima, para onde eles podem ter fugido após o ataque.
No nordeste do Quênia, o grupo terrorista al-Shabaab é uma ameaça constante. Os extremistas muçulmanos lutam há anos para derrubar o governo da Somália e para isso tem perpetrado ataques terroristas nos dois lados da fronteira entre a Somália e o Quênia, já que o governo queniano enviou tropas ao país vizinho para combater o grupo.
Embora seja um país de maioria cristã, a perseguição se espalhou no Quênia, diz organização missionária Portas Abertas: “Particularmente, os cristãos de origem muçulmana no nordeste e nas regiões costeiras vivem sob constante ameaça de ataque – até mesmo de seus parentes mais próximos. Nossa pesquisa revelou que os cristãos foram atacados e forçados a fugir de suas aldeias, e o grupo extremista islâmico al-Shabaab se infiltrou na população local para monitorar as atividades dos cristãos nessas áreas”.
O crime organizado também é um problema sério no país, acrescenta a Portas Abertas: “Funcionários corruptos muitas vezes deixam de tomar medidas contra os perseguidores, aumentando o potencial para mais incidentes contra os cristãos”.