Um levantamento feito recentemente aponta que nos últimos anos, 1 milhão de muçulmanos se renderam a Jesus Cristo no Irã, enquanto aproximadamente 50 mil mesquitas foram fechadas.
O Irã é uma teocracia islâmica há 45 anos, mas pesquisas no país indicam que atualmente 80% da população gostaria que o sistema de governo se tornasse democrático. A revelação sobre o fechamento de 50 mil do total de 75 mil mesquitas foi feita pelo clérigo Mohammad Abolghassem Doulabi em fevereiro deste ano.
A estimativa de um milhão de conversões vem dos dados do ministério internacional de rádio The Tide, em parceria com a emissora Christian Broadcasting Network (CBN News).
O vice-presidente da missão Voz dos Mártires, Todd Nettleton, disse que muitos iranianos estão procurando esperança: “Você tem um país com uma das maiores taxas de dependência de drogas do mundo. Você tem um país onde a corrupção corre desenfreada. Você tem um país onde mais da metade das pessoas vivem abaixo da linha da pobreza”, descreveu.
“O povo do Irã está olhando para isso, e eles estão dizendo: ‘Espere um minuto. Se é isso que o Islã nos trouxe nos últimos 45 anos, não estamos interessados. Queremos saber quais são as outras opções”, acrescentou.
Entretanto, tantas mudanças não passam despercebidas pelo governo totalitário, que vê o potencial de uma “revolução de Jesus” como uma ameaça: “Isso não é algo que está fazendo o regime feliz. E, realmente, em muitos aspectos, eles estão buscando solidificar seu poder e esmagar qualquer tipo de dissidência”, disse Nettleton.
Oficialmente, na legislação em vigor, a conversão de um muçulmano para o cristianismo é proibida: “Ouvimos várias histórias neste ano de estudo bíblico, uma igreja doméstica sendo invadida. Todos lá são fotografados, todos lá são questionados. Mas então o líder da reunião é mantido. Eles são presos. Eles estão detidos, eles são colocados na prisão”, acrescentou Nettleton.
Segundo a Missão Portas Abertas, o cristianismo no Irã só é tolerado se “você fizer parte de uma comunidade cristã tradicional, por exemplo, armênia ou cristã assíria”, pois o cenário é bem diferente para os “cristãos que se convertem do Islã”.
“O governo vê a conversão como uma tentativa do Ocidente de minar o Islã e o governo islâmico do Irã”, informa a entidade.
Pregações via rádio
O ministério The Tide se dedica a transmitir via rádio mensagens centradas no Evangelho, o que tem levado inúmeros muçulmanos a interagirem com a emissora, revelou Don Shenk, diretor executivo: “Recebemos respostas de ouvintes que dizem: ‘Agora eu entendo que Deus me ama. Eu sempre pensei que Deus queria me punir’”.
“Acho que há um despertar que está ocorrendo em todo o mundo muçulmano, não apenas no Irã […] O que está acontecendo no Irã é apenas a ponta do iceberg, como movimentos semelhantes aos de Cristo estão acontecendo em todo o mundo muçulmano”, acrescentou Shenk.
O ministério The Tide pontua que não é incomum que os muçulmanos sonhem com Jesus, o que os leva a estudar sobre a Bíblia com cristãos próximos e terminam se rendendo a Cristo.