No último final de semana os cristãos da Nigéria enfrentaram uma nova onda de violência, que levou à morte de mais de 100 cristãos. Os ataques foram feitos por um grupo de muçulmanos da etnia fulani, que fortemente armados invadiram diversas cidades.
O primeiro ataque aconteceu no sábado (07) e atingiram as cidades de Kakuruk, Kuzen, Ngyo, Kogoduk, Ruk, Dogo, Kufang, Kpapkpiduk e Kai. De acordo com as Forças Especiais de Intervenção (STF) mais de 100 homens participaram do ataque.
– Os criminosos, mais ou menos 100 homens que estavam fortemente armados com fuzis e usavam roupas camufladas e coletes à prova de balas, mataram vários moradores da região e queimaram muitas casas – relatou a STF.
De acordo com o portal Opera Mundi no primeiro momento foram divulgados 30 mortos, mas depois as autoridades encontraram 50 corpos, em sua maioria mulheres e crianças, dentro da Igreja de Cristo na Nigéria (COCIN, sigla em inglês).
Os ataques prosseguiram no domingo, quando os extremistas voltaram a atacar e vitimaram outras dezenas de pessoas, entre elas dois legisladores nigerianos, o senador por Plateau Norte, Gyang Daylop Dantong, e um membro do parlamento estatal de Plateau, Gyang Filani.
Nessa terça feira (10), o grupo radical islâmico Boko Haram assumiu a autoria dos atentados. Em comunicado divulgado na cidade de Maiduguri, o grupo rebelde informou que os ataques vingaram os massacres de muçulmanos e que continuarão acontecendo, segundo informou a revista Veja.
– Os cristãos não voltarão a saber o que é paz até que aceitem o islã e deixem de matar muçulmanos – afirmo o grupo terrorista em seu comunicado.
A rivalidade entre a população cristã do estado de Plateau e os pastores muçulmanos da etnia fulani já existe há décadas, e já ocasionou milhares de mortes.
Fonte: Gospel+