Três igrejas foram queimadas e vinte seis pessoas ficaram feridas depois do ataque de supostos radicais islâmicos em duas cidades centrais da Nigéria durante a Semana Santa. A região do ocorrido é majoritariamente muçulmana.
A violência dos agressores foi iniciada com as festas da Páscoa. Associações juvenis de várias igrejas desfilaram pelas ruas da Gwada nesta segunda-feira, cantando e dançando, para celebrar a ressurreição de Cristo.
Também na cidade de Minna, várias pessoas ficaram feridas e vários veículos foram depredados quando os agressores tentaram destruir uma igreja. Os participantes da celebração impediram o ataque.
A polícia do estado de Níger declarou que não houve nenhuma morte como conseqüência das agressões e afirmou que enviou reforços às zonas afetadas. Nesta segunda-feira foram presos 88 suspeitos em Gwada e outros 20 em Minna.
Em fevereiro, ao menos onze pessoas morreram nos choques entre muçulmanos e cristãos na cidade nigeriana de Bauchi. E em novembro de 2008, o enfrentamento entre os grupos religiosos logo após eleições municipais deixou centenas de mortos e milhares de desabrigados em Jos, capital do estado de Plateau.
Segundo analistas locais, a violência desencadeada em novembro em Jos é uma manifestação do conflito entre cristãos e muçulmanos em toda Nigéria. Mais de 10 mil pessoas já morreram desde 1999, quando se implantou a “sharia”, ou lei islâmica, em doze estados do norte do país.
Com quase 150 milhões de habitantes, em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria é considerada como um dos maiores quebra-cabeças sociais do continente negro. No país, as diferenças por questões políticas, religiosas e territoriais acabam, geralmente, em confrontos armados.
Fonte: RV/Gospel+
Via: Notícias Cristãs