O ex-jogador e atual pastor Roberto Brum concedeu uma entrevista afirmando que a má fase de Neymar como jogador se deve ao distanciamento dele em relação à fé.
Brum jogou com Neymar no Santos em 2009, e era um dos colegas mais próximos do atacante, que tem sido contestado pela torcida e imprensa especializada: “O Neymar é um menino maravilhoso, humilde, mas que se perdeu. Ele foi afastado do caminho de Deus. Neymar é jovem e rico. Compreendo esse momento em que ele passa, até porque já tive a idade dele e fiz coisas iguais ou piores. Darei o seguinte recado ao Neymar: ‘o vazio que está no seu coração é o espaço que Deus vai ocupar’”, disse Brum.
O pastor afirmou ainda que a falta de sinceridade das pessoas que cercam o atacante do Santos é prejudicial para a carreira dele: “O Neymar erra e ninguém dá bronca. Aí ele acaba achando que está certo e se distancia da verdade. Essas pessoas que estão ao lado dele têm medo de dar bronca porque podem ser vistos como chatos. Ficam com medo de perder a amizade. O que o Pelé fez foi importantíssimo. É necessário que mais pessoas falem a verdade”, falou, referindo-se às recentes críticas feitas por Pelé a Neymar. Na ocasião, o ex-camisa 10 do Santos disse que Neymar estava mais preocupado em aparecer na mídia do que jogar bola.
Roberto Brum lembrou ainda, em sua entrevista ao Uol, da comemoração feita após um gol contra o Palmeiras, dançando a coreografia da música “Toda Sorte de Bênção”, do Toque de Altar: “Foi maravilhoso quando eu e Neymar comemoramos cantando o trecho: ‘Para direita, para esquerda. Na minha frente e para trás. Por todo lado sou abençoado’”.
O ex-volante também relembrou os cultos que frequentaram juntos na Igreja Batista Peniel, em São Vicente: “O Neymar vivia na igreja. Agora não sei o que aconteceu com ele. Não estou mais perto dele, então não sei exatamente. O Neymar ainda vai se arrepender e voltará ao caminho do Senhor”, disse Brum.
Já Newton Lobato, pastor da Peniel, afirma que apesar da agenda corrida, Neymar tem frequentado os cultos sempre que pode: “Como profissional, diminuiu a frequência por questão natural dos compromissos. Depois dos 17, 18 anos, ele começou a ter um jogo atrás do outro. Ele está no momento dele, muito assediado, não tem tempo quase nem pra ele. Fico alegre quando vejo ele na igreja. Fico alegre porque sei das dificuldades e ainda assim ele vai pra igreja, fica quietinho ali e depois vai embora”, revelou.
O pai do jogador, que também se chama Neymar, afirma que seu filho nunca se afastou completamente da igreja: “Você tem que entender como é o crente. Ele acredita em Jesus e quer sempre se manter na casa de Deus. Ele faz isso pra congregar e alimentar seu espírito. Ele sempre quer estar mais perto da palavra de Deus. Isso foi desenvolvido pela gente, isso cabia à gente levar nossos filhos. Essa coisa de crescer espiritualmente”, afirmou.
O jogador não foi consultado pela reportagem do portal para falar sobre a influência do lado espiritual na questão do seu desempenho em campo.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+