Fundado em 2012, o Templo Satânico (TST, sigla em inglês) localizado na cidade de Salem, em Massachusetts, Estados Unidos, está anunciando um sorteio da prática do aborto, o qual foi adotado pelos adoradores do demônio como uma espécie de ritual religioso.
“O TST baseia suas afirmações de isenções de permissão de aborto nas proteções fornecidas por Leis Estaduais de Restauração da Liberdade Religiosa ou RFRA, que geralmente proíbem o governo de interferir substancialmente no livre exercício religioso de uma pessoa”, disse o Templo Satânico em um comunicado à imprensa.
Em outras palavras, os satanistas dizem que ao promover a prática do aborto, estão resguardados pela garantia constitucional da “liberdade religiosa” em seu país. Essa promoção é feita através do oferecimento do aborto através de métodos específicos, como o cirúrgico.
Segundo o Templo Satânico, a pessoa que desejar realizar o aborto por intermédio da entidade, não precisará enfrentar uma série de exigências legais, como aconselhamento e leituras diversas, uma vez que através deles a prática é vista como um ritual religioso, facilitando então o procedimento.
Para os adoradores de Satanás, a morte de bebês no ventre materno é uma “experiência espiritual destinada a incutir confiança e autoestima de acordo com as crenças religiosas do TST”, segundo informações da CBN News.
Efeitos espirituais e psicológicos
A prática do aborto não é apenas um pecado contra Deus, segundo a Bíblia Sagrada, mas também um procedimento capaz de deixar sequelas profundas no emocional das mulheres que fazem isso, segundo a psicóloga Marisa Lobo.
“Quando uma mulher provoca aborto, os traumas criados são pela culpa de ter tirado a vida de um ser inocente, que ela entende como tal, e não do procedimento em si. Não será legalizando este ato que a mulher vai se sentir menos culpada. Essa culpa vai depender da história de vida dessa mulher, de seus valores e princípios, não do procedimento em si”, afirmou Marisa ao Guiame.
A psiquiatra e psicanalista Gilda Paoliello também falou sobre os efeitos colaterais do aborto no emocional das mulheres, destacando reações que podem ser desencadeadas após a prática traumática.
“Elas [mulheres que abortam] vivem também o transtorno de estresse pós-traumático, com vivências de flashbacks do ato do aborto, vivências persecutórias e ideação suicida em torno de 40% dos casos”, afirmou Gilda, segundo o Estado de Minas.
“Muitas vezes, o sentimento de culpa compromete indelevelmente a vida afetiva da mulher, provocando ‘gravidezes de substituição’, com prejuízo nas ligações maternas posteriores”, conclui.