O executivo presidente da Apple, Tim Cook, afirmou recentemente que a opção pela homossexualidade era um presente divino.
Cook, 53 anos, sucede Steve Jobs, o fundador da empresa de eletrônicos e ex-presidente, morto aos 55 anos em 05 de outubro de 2011, vítima de um agressivo câncer no pâncreas.
A afirmação de Tim Cook sobre sua homossexualidade foi feita num artigo publicado recentemente na Bloomberg Businessweek, com o título “I’m proud to be gay” (“tenho orgulho de ser gay”, em tradução livre do inglês).
“Tenho orgulho de ser gay e considero que ser gay foi um dos maiores presentes que Deus me deu”, afirmou Tim Cook, que destacou seu interesse por “manter um nível básico de privacidade” como um dos motivos de não ser um ativista na militância homossexual.
No entanto, Cook disse que apesar de se manter distante das manifestações, defende o direito dos homossexuais: “Irei pessoalmente defender a igualdade para todos até os meus dedos dos pés apontarem para cima”, escreveu.
No texto, Cook usou o conceito “O que estás a fazer pelos outros?”, do pastor Martin Luther King, para explicar sobre sua postura quanto à homossexualidade: “Durante anos, fui aberto com muitas pessoas sobre a minha orientação sexual. Muitos dos colegas na Apple sabem que sou gay e isso não parece fazer a diferença na forma como me tratam. Claro que tive a sorte de trabalhar numa empresa que adora a criatividade e a inovação e sabe que só pode florescer quando aceitarmos as diferenças das pessoas. Nem todos têm tanta sorte”, frisou.
Na conclusão, o executivo disse que “parte do progresso social é entender que uma pessoa não se define apenas pela sua sexualidade, raça ou género”, e listou algumas de suas características: “Sou um engenheiro, um tio, um amante da natureza, um doido por fitness, um filho do Sul, um fanático por desportos, e muitas outras coisas. Espero que as pessoas respeitem o meu desejo de me concentrar nas coisas para as quais estou mais preparado e no trabalho que me traz alegria”.