O ministro Sérgio Moro recebeu em seu gabinete em Brasília um grupo de pastores representantes de policiais evangélicos integrantes das diversas corporações de Segurança Pública do país, e foi presenteado com um exemplar da Bíblia Sagrada.
Os pastores da Igreja Universal do Reino de Deus são lideranças do grupo Universal nas Forças Policiais (UFP), que foi formado há aproximadamente um ano com o objetivo de prestar apoio social e espiritual a integrantes das polícias nos diferentes estados.
Sérgio Moro foi visitado pelos pastores Francisco de Assis dos Santos, responsável pela unidade de Brasília do UFP; Elton Mangueira, ligado ao grupo de Goiás; Júlio César Ribeiro (PRB), deputado federal; e o deputado distrital Martins Machado (PRB).
Durante a reunião, os pastores falaram sobre o trabalho do UFP, destacando que semanalmente são realizadas palestras preventivas sobre corrupção, ética, drogas, estrutura familiar, casamento e educação dos filhos. Voluntários treinados pela denominação do bispo Edir Macedo vão aos prédios administrativos, quartéis, batalhões, delegacias e presídios, para acompanhar os policiais filiados ao grupo.
De acordo com informações do site oficial da Universal, também são promovidos cultos e atendimentos pastorais. Ao longo de um ano, milhares de servidores das forças de segurança foram atendidos com orações e outras ações de suporte, exercida pelos mais de 6 mil voluntários em todo o país.
Ao final do encontro, Moro foi presenteado com um exemplar da Bíblia Sagrada, numa edição que traz comentários de Edir Macedo.
Oração
Em junho último, o ministro da Justiça e Segurança Pública foi visitado por um grupo de parlamentares da bancada evangélica e recebeu uma oração.
O encontro entre os deputados e Moro se deu em meio à repercussão da invasão feita por um hacker nas conversas entre o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) e o procurador Deltan Dallagnol, trocadas pelo aplicativo de mensagens Telegram.
A conversa durou aproximadamente 40 minutos, e o ministro negou que tenha combinado atuações com a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) no período em que, enquanto juiz, era responsável pelos processos relativos à Operação Lava-Jato.
“Ele nos disse que foi um vazamento criminoso, que não pode confirmar nada até porque não sabe o conteúdo total”, declarou o pastor Marco Feliciano após a reunião. “Moro disse que está tranquilo, que quem não deve não teme e que não houve conluio algum”, acrescentou. Ainda segundo Feliciano, a iniciativa da bancada evangélica em demonstrar apoio ao ministro Sérgio Moro.
Ao final do encontro, o pastor Silas Câmara (PRB-AM) teria questionado Moro se ele aceitaria uma oração. “Então, nós nos colocamos em oração por ele”, relatou Feliciano.
Antes do encontro com a bancada evangélica, Sérgio Moro foi ao Palácio do Planalto juntamente com o diretor da PF, Maurício Valeixo, para uma reunião de emergência com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). A audiência não constava nas agendas oficiais e os assuntos debatidos não foram divulgados.