Em meio aos estudos para a elaboração do Novo Código Penal, o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviará um parecer ao Senado defendendo que a mulher tenha autonomia para decidir a respeito da interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação.
Atualmente, segundo a legislação em vigor, o aborto só é permitido em casos de risco à saúde da gestante ou quando a gravidez é resultante de um estupro, de acordo com informações do G1.
A proposta elaborada pelo CFM prevê ainda que, o aborto seja permitido ainda em casos de gravidez por emprego não consentido de técnica de reprodução assistida e anencefalia ou feto com graves e incuráveis anomalias, atestado por dois médicos. A decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado a respeito dos anencéfalos é vista como provisória, até que uma legislação a respeito seja implementada.
Num comunicado enviado à imprensa, o CFM alega que “não é favoráveis ao aborto, mas sim à autonomia da mulher e do médico” de decidir a respeito do que deve ser feito, caso a caso.
O pastor Silas Malafaia publicou em seu site, um comentário a respeito da decisão do CFM de apoiar a legalização do aborto nessas três novas situações.
No texto, Malafaia sugere que o CFM “rasgue o seu código de ética e cancele o juramento” feito em favor da proteção à vida.
“A medicina que deve lutar pela vida está pactuando com a morte de seres humanos indefesos”, diz Malafaia, indignado com a postura adotada pelo CFM.
Silas Malafaia frisa que a sugestão que o CFM encaminhará ao Senado é incoerente: “Veja a hipocrisia da sociedade. Os que lutam pelos direitos humanos são os que matam os seres humanos indefesos. Que Deus tenha misericórdia desta geração”, afirma.
Confira abaixo, a íntegra do comentário do pastor Silas Malafaia:
Vou dar uma sugestão ao Conselho Federal de Medicina: rasgue o seu código de ética e cancele o juramento que vocês fizeram para o exercício da profissão. QUE VERGONHA! A medicina que deve lutar pela vida está pactuando com a morte de seres humanos indefesos.
O pequeno bebê no útero da mãe na 12ª semana está totalmente formado, a partir daí ele apenas se desenvolve. A incoerência demonstra a perversidade do ser humano, sem afeto natural. Nenhum ser humano é mais humano do que o outro, a diferença entre o óvulo fecundado e entre eu e você é o tempo e a nutrição.
A vida se dá na concepção. É um ato continuo quer intra ou extrauterino, até a morte. Na gestação o agente passivo é a mãe, o ativo é o pequeno bebê e é ele quem faz cessar os ciclos da mãe, é ele quem regula o líquido amniótico e, em última instância, é ele quem determina a hora de sair. Se não tivesse na cápsula protetora seria expulso como corpo estranho. O pequeno bebê no útero da mãe não é um prolongamento dela, é um ser independente que está em simbiose com ela por nutrientes para o seu desenvolvimento, até o momento da sua chegada ao mundo.
Um embrião já é uma pessoa, pois não pode se tornar outra coisa a não ser uma pessoa. Deus fala a nosso respeito antes da concepção (Sl 139.16b), na concepção (Sl 139.13), na vida embrionária (Sl 139.16), em toda vida fetal (Sl 139.15). Aproveito e deixo a citação do Salmo 139.14: “Graças te dou, porque de modo assombroso e maravilhoso fui formado; as tuas obras são maravilhosas, e a minha alma o sabe muito bem”.
Veja a hipocrisia da sociedade. Os que lutam pelos direitos humanos são os que matam os seres humanos indefesos. Que Deus tenha misericórdia desta geração.
Grito silencioso
O vídeo a seguir, ‘O grito silencioso’, é considerado um dos melhores sobre o tema e explica o que o aborto realmente é. Ele conta a experiência do doutor Bernard Nathanson, um dos pioneiros em aborto nos EUA, até que surgiu a tecnologia de ultrassonografia e ele viu que matava bebês. Arrependeu-se profundamente do que fazia, fechou suas clínicas de aborto e se tornou um dos maiores defensores da vida no mundo, até o fim de seus dias.
Algumas cenas, apesar de serem fortes, mostram o grito que não pode ser ouvido de milhões de seres humanos indefesos que são assassinados!
Por Tiago Chagas, para o Gospel+