No meio cristão, o temor a Deus é pregado como forma de conselho que, se seguido, resulta em boa conduta e bem-aventurança.
Este temor, no entanto, é facilmente confundido com medo, pois as palavras possuem significados muito próximos. O conceito, porém, é bastante distante do medo, diz o pastor Silas Malafaia.
“Biblicamente falando, temor não é medo. Se assim fosse, o temor a Deus não seria a causa de grande prazer para o justo, pois o medo não traz prazer, alegria, felicidade; traz inquietação ante a percepção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça”, elucida o pastor.
O artigo sobre o tema escrito por Malafaia afirma que “temer a Deus não é ter medo de Deus, como se Ele fosse um Ser iracundo, perverso, que está sempre pronto a exercer o juízo, e nunca misericórdia”.
O pastor explica: “Esse não é o Deus justo, amoroso, bondoso e misericordioso revelado na Bíblia. Ele ama a justiça e o juízo, a terra está cheia da bondade do Senhor (Salmo 33.5). Sendo assim, o medo não é adequado em relação a Ele, nem é comum a quem o conhece bem”.
O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) afirma em seu texto o que é temer a Deus: “É reconhecê-lo como o Deus único, verdadeiro, Criador e Senhor absoluto sobre tudo e todos. É ter a consciência de que a nossa vida e tudo quanto existe depende daquele que vive e reina para sempre, que Ele tem o controle sobre tudo”.
Ainda nesse contexto, Malafaia diz que temer ao Senhor “implica obediência” e “confiança absoluta no Seu infindo amor (Provérbios 14.26) e aversão às coisas que Ele condena: o mal, a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa (Provérbios 8.13). Devido à Sua natureza santa, Deus abomina o pecado”.
Silas Malafaia diz que a forma de reconhecer se uma pessoa teme a Deus ou não é “pelas palavras, escolhas e atitudes dela”, e resume: “Uma pessoa que teme a Deus e reconhece a soberania do Senhor aparta-se do mal, busca o bem, promove a paz e tem sabedoria, alegria, vida, porque guarda os mandamentos divinos e submete-se à orientação e vontade dele, sendo bem-aventurada, bem-sucedida em tudo, recebendo do Senhor sabedoria, cuidado, vida e provisão (Provérbios 10.27; 14.27; 15.33)”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+