O site do bispo Edir Macedo traz um artigo que fala sobre a contribuição com dízimos e ofertas, intitulado “A conversão do bolso”. O texto diz que “apenas uma conversão é verdadeira: a do bolso”.
O artigo usa um alegado conceito de Martinho Lutero de que o homem tem que passar pela conversão do coração, mente e do apego ao dinheiro, “a única e verdadeira conversão é a do bolso porque ali é que o egoísmo e materialismo humano são vencidos”.
Parafraseando a mensagem de Malaquias no Velho Testamento, o autor resume o conceito de que a única “conversão verdadeira” do ser humano seja a financeira dizendo que essa á uma postura revelada por Deus.
“Na verdade tiro essa conclusão das palavras do próprio Deus. Quando Ele chamou o povo de Israel, através do profeta Malaquias, para se converter a Ele, o alvo de Deus foi o bolso deles. ‘Voltem para mim, e Eu me voltarei para vocês’, Deus disse. E o povo perguntou, ‘Como voltaremos para o Senhor?’ Deus não disse, ‘Arrependam-se’ ou ‘Abandonem seus pecados’ ou ‘Tratem bem uns aos outros’. O que disse foi, ‘Parem de me roubar. Tragam os dízimos e ofertas à minha casa e a situação de vocês começará a mudar para melhor’”, escreveu.
Há ainda no texto, uma menção à fala de Jesus sobre a necessidade de renúncia. O autor afirma que a referência é direta às finanças: “O dinheiro é o deus deste mundo. Quando Jesus disse que é impossível servir a dois senhores, o outro senhor mencionado por Ele foi o dinheiro. De tantos outros deuses nesse mundo, Ele mencionou apenas o dinheiro!”.
O artigo apela à vontade de conquistas para sugerir que, quanto maior a doação de dinheiro à igreja, maior as chances de alcançar aquisições materiais e segurança financeira.
“Quando a sua conversão chega ao seu bolso, você está convertido de verdade porque o dinheiro reúne em si a razão e a emoção. Ou seja, você rendeu mente e coração a Deus […] Dar seu dinheiro a Deus através de seus dízimos e ofertas contradiz a lógica e os sentimentos. Ou seja, é preciso algo superior à mente e ao coração para crer que mesmo dando o que você tem, você acabará tendo ainda mais”.
Confira a íntegra do artigo publicado no site do bispo Edir Macedo:
Diz a tradição que Martinho Lutero, o homem que iniciou o Protestantismo, ressaltou que o homem tem que passar por três conversões: conversão do coração, conversão da mente, e conversão do bolso. Concordo com ele, mas resumiria isso tudo dizendo que apenas uma conversão é verdadeira: a do bolso. Deixe-me explicar.
Na verdade tiro essa conclusão das palavras do próprio Deus. Quando Ele chamou o povo de Israel, através do profeta Malaquias, para se converter a Ele, o alvo de Deus foi o bolso deles.
“Voltem para mim, e Eu me voltarei para vocês,” Deus disse. E o povo perguntou, “Como voltaremos para o Senhor?”
Deus não disse, “Arrependam-se” ou “Abandonem seus pecados” ou “Tratem bem uns aos outros”. O que disse foi, “Parem de me roubar. Tragam os dízimos e ofertas à minha casa e a situação de vocês começará a mudar para melhor.” É claro, estou parafraseando aqui.
A única e verdadeira conversão é a do bolso porque ali é que o egoísmo e materialismo humano são vencidos.
O dinheiro é o deus deste mundo. Quando Jesus disse que é impossível servir a dois senhores, o outro senhor mencionado por Ele foi o dinheiro. De tantos outros deuses nesse mundo, Ele mencionou apenas o dinheiro!
Quando a sua conversão chega ao seu bolso, você está convertido de verdade porque o dinheiro reúne em si a razão e a emoção. Ou seja, você rendeu mente e coração à Deus. A razão, a lógica da matemática diz que quanto mais dinheiro você ajuntar, mais você terá. A emoção diz que quanto mais dinheiro, mais seguro você se sentirá, e mais das coisas boas desse mundo você poderá comprar.
Dar seu dinheiro a Deus através de seus dízimos e ofertas contradiz a lógica e os sentimentos. Ou seja, é preciso algo superior à mente e ao coração para crer que mesmo dando o que você tem, você acabará tendo ainda mais. Crer que sua conta aumentará e bem como seus sentimentos sobre si mesmo prosperarão, resultando numa vida melhor para você. Este “algo superior” é a fé em Deus, que supera razão e sentimentos. Por isso a conversão do bolso é a verdadeira conversão.
Quando o bolso de alguém chega a se converter, é porque a pessoa finalmente decidiu quem é o deus dela, onde está o seu tesouro.
E a raiva de alguns ao lerem isso apenas confirma meu argumento.
P.S. Alguém dirá: “Mas é possível dar dízimos e ofertas sem ser convertido. Muita gente faz isso.” Obviamente sem a conversão da mente e do coração, ofertas e dízimos dados não são verdadeiras ofertas e dízimos. São apenas dinheiro. Deus nunca os aceitou, como disse Jesus lá em Mateus 5.23,24. As verdadeiras ofertas e dízimos são expressões de um coração e mente rendidos a Deus. Há quem dê dinheiro à igreja, e há quem dê ofertas e dízimos a Deus.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+