O dia 27 de janeiro está marcado na história do Brasil como um dia em que centenas de famílias perderam filhos de uma maneira trágica e inaceitável. Ontem, 27 de fevereiro, a tragédia em Santa Maria completou um mês, e algumas homenagens às vítimas foram realizadas.
Pela manhã, uma manifestação na Praça Central da cidade promoveu um minuto de barulho, com palmas, sinos e buzinas. A ideia do barulho foi ressaltar a alegria dos jovens que infelizmente perderam a vida.
Em depoimentos, sobreviventes e pais de algumas das vítimas relatam suas experiências e forma de enfrentamento da dor da perda.
A jovem Tatiele, de 27 anos, afirmou ao telejornal Bom Dia Brasil que ficou 13 dias internada numa UTI e que está retomando sua rotina aos poucos: “Deus me deu uma segunda chance de vida. Eu poderia não estar aqui neste momento”.
O pai de David Santiago de Souza, 22 anos, o enfermeiro Eduardo Pena de Souza, 54, afirmou ao G1 que recebeu a notícia da perda do filho através de um irmão seu, que recomendou que fosse forte, e lamenta a tragédia: “Deus nos pregou uma peça enorme. Ele foi antes de nós”, disse ao lado da esposa, Jânea Santiago de Souza.
Já o pai de Jennefer Mendes Ferreira, 22 anos, afirma que encontrou forças ao passar momentos no quarto da filha. Adherbal Alves Ferreira conta que estar no espaço de sua filha traz de volta à memória os bons momentos com ela: “Para aliviar a saudade, passo um tempão no quarto dela. Virou meu santuário. Vou ali e rezo bastante”, afirmou ao Uol, antes de contar que isso o fez descobrir uma lista que Jennefer havia feito com tudo que já havia alcançado na vida, e para cada item, um agradecimento a Deus pelas bênçãos: “Aquilo me deu certo alívio. Acho que ela está bem”, disse.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+