A Terceira Guerra Mundial é iminente e será causada pelo Estado Islâmico. Essa é a opinião do escritor e teólogo Michael D. Fortner, a partir de sua análise de passagens do Apocalipse.
De acordo com Fortner, a Bíblia alerta para o surgimento do grupo extremista Estado Islâmico, e cita os versículos 14 e 15 do capítulo 9 do livro das Revelações como base: “A qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: ‘Solta os quatro anjos, que estão presos junto ao grande rio Eufrates’. E foram soltos os quatro anjos, que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens”.
Atualmente, os cristãos são, em número, um pouco mais de um terço da população mundial, de acordo com o Pew Research Center.
Para o teólogo, essa revelação dá indícios bastante objetivos sobre a Terceira Guerra, apontando o rio Eufrates – que nasce na Turquia e se estende por Iraque e Síria – como a região de onde surgirá um dos maiores inimigos da cristandade.
“Metade das cidades que o Estado Islâmico tomou são, literalmente, no rio Eufrates. Eles formaram um califado, que é o primeiro passo para o ressurgimento de seu império islâmico”, explicou Fortner.
Ele ainda pontuou que o que acontece atualmente nos dois países onde os extremistas se instalaram já é uma guerra, que poderá se expandir e ganhar escala intercontinental: “O que está acontecendo na Síria e no Iraque não é simplesmente uma outra guerra que irá crescer e se tornar a Terceira Guerra Mundial. Se você olhar para o mapa das cidades tomadas pelo Estado Islâmico, você vai ver algo muito representativo: o significado de Apocalipse 9”.
Rumores de guerra
Na última quinta-feira, 11 de fevereiro, os países que formam a coalizão internacional para combater o Estado Islâmico, liderados pelos Estados Unidos, decidiram intensificar as ações na Síria e Iraque para combater o grupo extremista/terrorista.
“Decidimos acelerar a campanha […] Os objetivos são derrotar primeiro o tumor do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, […] combater suas metástases […e] proteger nossas nações”, afirmou Ashton Carter, secretário de Defesa dos Estados Unidos.
A partir disso, e seguindo a mesma linha do teólogo Fortner, mas por um viés mais analítico, o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, afirmou que uma ofensiva terrestre na Síria poderá resultar em “uma nova guerra mundial”.
A Rússia é aliada da Síria, e vem combatendo o Estado Islâmico no país, assim como os grupos rebeldes que tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad, visto como ditador pelos Estados Unidos, que querem sua retirada do poder, o que coloca as duas potências nucleares em lados opostos na mesa de negociações.
“As ofensivas terrestres geralmente resultam em uma guerra que acaba sendo permanente […] Todas as partes devem sentar-se à mesa de negociações ao invés de desencadear uma nova guerra mundial. […] Os americanos e nossos parceiros árabes precisam pensar muito sobre isto. Eles querem uma guerra permanente?”, questionou, lembrando que “no mundo árabe… todo mundo combate todo mundo… Tudo é muito mais complicado. Pode levar anos ou décadas [para o problema ser resolvido]”, concluiu.