Com o surgimento de várias correntes teológicas nas últimas décadas, consequentemente denominações religiosas, surgiu também a preocupação com os desvios doutrinários no tocante ao genuíno ensino bíblico, sendo o “culto à personalidade” e a popularmente chamada “teologia centrada no homem” alguns desses exemplos.
O escritor Gutierres Fernandes Siqueira abordou esse tema em uma publicação feita na internet, onde listou algumas características que ajudam a identificar a existência do culto à personalidade, que nada mais é do que uma forma de idolatria.
Para Siqueira, uma dessas características é a não aceitação de questionamentos por parte da personalidade cultuada. O indivíduo, neste caso, se coloca em posição de autoridade absoluta, sendo tratado como alguém que teria algum tipo de poder ou “visão” especial.
Outro elemento destacado por Siqueira é a manipulação psicológica. A personalidade cultuada costuma ter forte influência sobre os seus devotos, podendo exercer sobre eles um domínio emocional perigoso, já que pode induzi-los a fazer coisas igualmente perigosas.
‘Teologia do homem’
O culto à personalidade pode ser entendido, também, como uma falsa teologia do homem. Ou seja, como uma doutrina herética que em vez de estar voltada para Deus, busca exaltar a criatura em vez do Criador.
“O falso evangelho é centrado no homem e focado na honra ao homem. Esse é uma dos motivos porque tanta gente quer fazer do culto público honra para homens”, alerta o também escritor e teólogo Renato Vargens.
Vargens lembrou que atualmente, infelizmente, algumas igrejas vêm utilizando o nome de Jesus Cristo e seu evangelho apenas como pano de fundo para a propagação de heresias antropocêntricas.
Segundo o teólogo, essa prática pode ocorrer de forma velada, como se o objetivo fosse contribuir para o Reino de Deus, quando na verdade se trata de oferecer prestígio ao ser humano, que não é o responsável pela obra salvífica, mas sim e exclusivamente Jesus Cristo.
“Uma das mais funestas heresias do nosso tempo é a maldita doutrina da honra. Segundo os líderes desta prática, os crentes devem honrar seus pastores com dinheiro, viagens e luxo”, alerta Vargens.
“Já ouvi até casos de silicone para a prótese da ‘pastora’. Ora, isso não existe! Lamentavelmente falsos mestres tem feito comércio do evangelho usando o nome de Cristo a fim de enriquecerem. Se a igreja que frequenta ensina que você tem que honrar seu pastor com dinheiro e luxos, saia imediatamente dela e procure uma igreja bíblica”, conclui.
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