O crime que chocou o mundo em 2014, na Nigéria, quando 276 estudantes foram sequestradas por terroristas do grupo islâmico Boko Haram cidade de Chibok, no noroeste do país, ganhou mais um capítulo com a libertação de 11 vítimas, restando ainda 96 jovens em poder dos sequestradores.
As jovens libertadas foram achadas ao longo de meses, iniciando em junho desse ano. Os seus nomes são Hauwa, Maryama, Ruth, Kauna, Hanatu, Aisha, Falmata, Asabe, Jinkai, Iyagana e Rejoice.
Todas as jovens foram encontradas com filhos. Algumas delas relataram que foram vítimas de abusos sexuais diários por parte dos terroristas muçulmanos. Desde que as primeiras sequestradas começaram a ser libertadas, as suas crianças passaram a ser conhecidas no país como “filhos do cativeiro”.
“Não consigo contar quantos homens me estupraram. Toda vez que eles voltavam de seus ataques, eles nos estupravam”, testemunhou uma das vítimas resgatadas em outra ocasião.
Recomeço
Para todas elas, agora, o momento é de recomeçar a vida. “Já estamos em contato com nossos pais. Agradecemos ao governo pelas medidas que contribuíram para nossa liberdade. Queremos voltar para casa, para nossa família e para a escola. Queremos recomeçar nossa vida”, disseram as 11 resgatadas esse ano.
Para que isso seja possível, contudo, vários traumas precisarão ser tratados, tendo em vista a quantidade de violências que sofreram, tanto físicas quanto psicológicas. Como a maioria das jovens, na época simples adolescentes, são cristãs, a opressão religiosa contra elas foi constante.
Uma delas, a Rejoice, contou que foi obrigada a “casar” com um dos terroristas. Outra, a Kauna, passou pela mesma situação e teve três filhos. Esses são casos reais de uma realidade que justifica o fato da Nigéria estar ocupando o 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas, apesar de ter a sexta maior população cristã do planeta.
Para entender melhor o contexto de intenso sofrimento das jovens sequestradas pelo Boko Haram, veja a matéria abaixo, com informações da Portas Abertas:
Terroristas islâmicos do Boko Haram sequestram cristãs e cortam suas orelhas