A afirmação de um dos advogados de defesa do agressor de Jair Bolsonaro (PSL) que a contratação da equipe que cuida do caso de Adélio Bispo de Oliveira teria partido de pessoas ligadas às Testemunhas de Jeová poderá terminar em batalha judicial, porque a denominação está estudando abrir um processo.
Zanone Oliveira Júnior fez declarações controversas a respeito de sua contratação, assim como a dos outros três advogados, para atuar na defesa de Adélio, que foi preso em flagrante após esfaquear Bolsonaro durante um ato de campanha na última quinta-feira, 06 de setembro, em Juiz de Fora (MG).
Agora, a equipe jurídica das Testemunhas de Jeová está considerando ir à Justiça contra Zanone por conta das declarações feitas no último domingo, 09 de setembro, dizendo que o contratante para a defesa de Adélio possuía elo com a denominação.
Em nota, as Testemunhas de Jeová refutou Zanone: “A declaração do advogado de que foi contratado por Testemunha de Jeová, conforme veiculada pela mídia, não é verídica”, disse a instituição, de acordo com informações do portal iG.
O jornal O Estado de São Paulo informou que os advogados da denominação têm tentado contato por telefone com Zanone, mas não obtiveram êxito. Por isso, diante da falta de respostas, as Testemunhas de Jeová estudam processar o advogado por contribuir, através de suas declarações, com a perpetuação do estigma que existe na sociedade em relação ao grupo religioso.
“Abominamos o que o agressor fez”, disse a assessoria de imprensa da denominação ao Estadão.