O avanço da ideologia de gênero no mundo esportivo se tornou uma grotesca realidade que continua deixando muitos atletas espantados. Como exemplo disso, um time feminino de uma escola cristã resolveu fazer um protesto, abandonando uma partida em que teria como adversário um jogador “trans”.
O jogador trans, neste caso um transexual na equipe adversária feminina, trata-se de um homem biológico. Isto é, alguém nascido com o sexo masculino, mas que se identifica socialmente como “mulher”, ou de “gênero” feminino.
A situação envolve o time Eagles, da Mid Vermont Christian School (MVCS), do estado de Vermont, nos Estados Unidos. As jogadores da equipe feminina cristã resolveram tomar a atitude drástica de não jogar, em protesto contra o adversário trans. Como resultado, o clube perdeu o campeonato.
É “injusto”
Vicky Fogg, diretora da escola cristã, emitiu um comunicado explicando o motivo pelo qual a sua equipe abandonou o campeonato. Ela frisou que a disputa seria realizada com um atleta trans que, incontestavelmente, é um “homem biológico”.
“Desistimos do torneio porque acreditamos que jogar contra um adversário com um homem biológico põe em risco a justiça do jogo”, disse a diretora, segundo informações do canal Fox News.
O entendimento de Fogg é contestado por atletas trans que disputam competições femininas. Isso, porque, eles alegam que a suposta “mudança de sexo” realizada mediante a ingestão de hormônios cruzados seria suficiente para descaracterizar a natural diferença física do corpo masculino em relação ao feminino.
No entanto, um estudo (apenas um exemplo!) publicado pelo British Journal of Sports Medicine em dezembro de 2020 aponta que mesmo após um ano de intervenções hormonais, os homens biológicos continuam mantendo diferenças vantajosas, fisicamente, em relação às mulheres, em competições esportivas.
O mesmo estudo, por sinal, foi citado como uma das fundamentações para a provação de uma lei no estado da Louisiana (EUA) que proíbe a presença de atletas trans em competições esportivas femininas.
A lei destaca a presença de diferenças significativas entre os corpos masculino e feminino, dizendo que os homens biológicos, por exemplo, possuem “ossos, tendões e ligamentos mais densos e fortes, corações maiores, maior volume pulmonar por massa corporal, maior contagem de glóbulos vermelhos e maior hemoglobina, bem como níveis naturais mais altos de testosterona.”
Para Fogg, portanto, mais do que uma questão de coerência fisiológica, a não competição com atletas trans masculinos é também uma questão de proteção visando a “segurança de nossas jogadoras. Permitir que homens biológicos participem de esportes femininos abre um mau precedente para o futuro dos esportes femininos em geral”, diz ela.