O tráfico humano é um dos mercados clandestinos mais sombrios do planeta, movimentando bilhões de dólares por ano. A maior parte dessa demanda, além do comércio de órgãos, é a exploração sexual, uma realidade comprovada por uma norte-coreana que passou anos da sua vida atuando como traficante de seres humanos.
A organização Portas Abertas, que monitora os índices de perseguição religiosa no mundo e presta auxílio aos cristãos em vários países, desenvolve um trabalho de apoio a mulheres norte-coreanas traficadas para a China como escravas sexuais.
Foi através desse trabalho que a organização tomou conhecimento dessa mulher, que também havia sido sequestrada, mas que com o passar dos anos também se tornou uma traficante. Ela chegou a participar de grupos de estudo bíblico, “De Mulher para Mulher”, mas não havia decidido deixar o tráfico.
Durante muito tempo a Portas Abertas perdeu o contato com a traficante de mulheres, mas permaneceu orando por sua vida, pedindo para que Deus lhe convencesse do seu pecado, até que a resposta surgiu em seguida.
“Eu quero seguir Jesus”, declarou a mulher ao retornar subitamente para o grupo de estudo. “Abandonei o tráfico de pessoas e agora vou às montanhas todos os dias para encontrar coisas comestíveis que eu possa vender na feira”.
Desde então a Portas Abertas presta auxílio espiritual e também financeiro para a mulher e sua família, incluindo sua filha e netos. Seu nome não foi revelado por motivos de segurança, mas o caso é real e inspira a obra missionária dos cristãos que atuam na Ásia.
“Lembremo-nos de orar por pessoas que estão em situação de risco, muitas vezes inimagináveis para nós, como os cristãos perseguidos”, escreve a Portas Abertas.
“Sabemos que Deus está sempre disposto e é poderoso para mudar situações e corações. Oremos para que venha seu reino de justiça nos países onde há perseguição e para que mais e mais pessoas possam viver dignamente, conhecendo a verdadeira liberdade em Cristo”, conclui.