A luta que os pais do menino Archie Battersbee, de 12 anos, mantido vivo com a ajuda de aparelhos no Reino Unido, continua dramática. Agora, a família recebeu mais um duro golpe, após sofrer uma derrota judicial na última segunda-feira (25).
Isso, porque, os pais do menino haviam entrado com um recurso no Tribunal de Apelação da Inglaterra, após a Justiça voltar a determinar o desligamento dos aparelhos que mantém Battersbee, mas não obtiveram sucesso.
Battersbee foi encontrado pelos pais inconsciente no dia 7 de abril desse ano, com uma espécie de cordão em seu pescoço. A mãe do garoto afirmou que ele fez o chamado “desafio do apagão”, pela internet, que consiste em provocar desmaio a si mesmo, o que pode ser fatal.
Infelizmente, o menino acabou se tornando mais uma vítima das “brincadeiras” destrutivas da internet, visto que ele não recobrou mais a sua consciência, sendo diagnosticado posteriormente com possível morte cerebral.
Luta pela vida
Devido à falta absoluta de certeza quanto à morte cerebral do menino, os pais do garoto, Holly Dance e Paul Battersbee, entraram com um recurso judicial para conseguir manter os aparelhos de suporte à vida ligados.
Após algumas semanas, contudo, um juiz da Suprema Corte do Reino Unido decidiu pela remoção dos equipamentos. “O tratamento é inútil, compromete a dignidade de Archie… e serve apenas para prolongar sua morte, em vez de prolongar sua vida”, afirmou o magistrado.
Os pais do garoto, por outro lado, argumentam que ele possui outros sinais vitais e que a sua morte não deve ser decretada com base em um diagnóstico cuja precisão não é de 100%.
“Ele mantém sua própria pressão arterial, ele mantém sua própria temperatura. E ele tem segurado minha mão. Em uma ocasião, ele apertou meus dois dedos com tanta força que eles ficaram vermelhos”, argumentou a mãe em outra ocasião.
Com a decisão mais recente da Justiça, porém, o menino de apenas 12 anos pode ter a sua luta pela vida encerrada, visto que os aparelhos podem ser desligados a qualquer momento, segundo informações do International Christian Concern.