O projeto do Partido Comunista da China de estar no controle até mesmo de assuntos relacionados à vida religiosa dos chineses continua em andamento. Com isso, igrejas que são consideradas “clandestinas” podem sofrer punições. Foi o que aconteceu com na vila de Youtong, no distrito de Luancheng.
Situada na cidade de Shijiazhuang, o templo da igreja liderada por um padre local chamado Dong Baolu, acabou sendo demolido por agentes de segurança chineses. Isso, porque os religiosos teriam se recusado a ingressar em uma associação do Partido Comunista.
Na China, apenas igrejas/templos que integram uma das cinco associações que representam as religiões autorizadas pelo governo têm a permissão de funcionar, o que significa que precisam se enquadrar ao regime comunista.
As associações são a Associação Budista da China, a Associação Taoísta Chinesa, a Associação Islâmica da China, o Movimento Patriótico das Três Autonomias Protestante e a Associação Católica Patriótica Chinesa.
No caso da igreja demolida em Luancheng, o padre local se recusou a ingressar na Associação Católica Patriótica Chinesa. O mesmo tem ocorrido com milhares de pastores evangélicos que não são membros do Movimento Patriótico das Três Autonomias, a vertente protestante.
“Sou o único que restou. Você acha que eles me deixariam passar? Eu sou o restante entre mais de 100 padres, certamente eles não me pouparão”, disse Baolu ao comentar a remoção do templo onde liderava a sua igreja, feito de forma improvisada, segundo o Christian Post.
A China ocupa atualmente a 17° na lista mundial de perseguição religiosa da Portas Abertas, sendo a ditadura comunista a principal fonte de perseguição. O presidente do país, Xi Jinping, vem acirrando ainda mais a intolerância do regime sobre os cristãos, através deu um processo chamado sinicização.
Basicamente, tal processo consiste na pregação dos “valores fundamentais do socialismo” até mesmo nas igrejas, motivo pelo qual o Estado busca obter o controle máximo sobre a liberdade de culto em seu território. Para saber mais, veja:
Estrangeiros são proibidos de pregar ou transmitir cultos pela internet na China