Os argumentos em favor da legalização da maconha variam conforme os defensores. Há que defenda por achar que a regulamentação enfraqueceria o tráfico de drogas, há quem defenda porque a cannabis sativa é uma planta, e portanto, foi criada por Deus.
Esse é o pensamento de um deputado do estado do Texas, nos Estados Unidos. David Simpson é um defensor da descriminalização da erva e disse que “tudo que Deus criou é bom, até a maconha”.
O posicionamento favorável foi compartilhado com os leitores do Houston Chronicle, em um artigo publicado pelo jornal. Republicano, Simpson usou um tradicional ditado conservador de que “o governo não precisa proibir algo feito por Deus”.
O Texas é um dos estados mais conservadores dos Estados Unidos, e por lá, assim como no Brasil, a droga é considerada ilícita para “fins recreativos”.
“Quero mudar o foco da discussão atual sobre maconha e falar da legalização com base nos valores conservadores. Deveríamos nos concentrar em focar os esforços da Polícia em solucionar casos de estupro, roubo e assassinato, não a posse de substâncias que Deus criou”, argumentou o deputado.
A descriminalização da maconha para uso que não sejam os medicinais é vista por muitas pessoas como um equívoco. No Brasil, ativistas contrários à legalização da droga argumentam que há componentes viciantes na erva e que podem prejudicar a saúde.
Na América do Sul, o Uruguai foi o primeiro país a legalizar a maconha, e a medida foi aplaudida por políticos brasileiros favoráveis, como o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), autor de um projeto que tramita na Câmara dos Deputados para a descriminalização da droga para “fins recreativos”.