A Igreja Universal do Reino de Deus se posicionou a favor da indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O nome escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro foi mal recebido por diferentes alas do segmento evangélico.
Em nota oficial, a instituição liderada pelo bispo Edir Macedo declarou que o desembargador piauiense pode cumprir os pré-requisitos estabelecidos pela Constituição Federal para a vaga no STF, e que espera “equilíbrio” da Corte daqui em diante.
“A Igreja Universal do Reino de Deus acredita que a indicação do desembargador federal Kassio Nunes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), pode representar um acréscimo à nossa suprema corte, sempre no caminho do desejável equilíbrio que toda a sociedade brasileira demanda e espera do Poder Judiciário”, diz a introdução da nota.
Lembrando que o nome ainda precisa ser aprovado, a instituição religiosa acrescenta que “os bispos, pastores e os sete milhões de fiéis e simpatizantes da Universal no Brasil têm a expectativa de que o nome escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro, e que ainda será submetido à aprovação do Senado Federal, saberá honrar a cadeira que ocupará no STF, em benefício de um país e de uma Justiça menos desiguais, como determina a Constituição Federal”.
Aliança
A intensificação do relacionamento de Bolsonaro com a Igreja Universal vem num processo gradual, com alguns dos parlamentares aliados do presidente tendo se filiado recentemente ao Republicanos, que nos bastidores da política é tratado como “o partido da Universal”.
Em 2020, por conta das eleições municipais, o presidente deu mais um passo em direção ao estreitamento das relações com a instituição do bispo Edir Macedo ao oficializar seu apoio ao candidato do Republicanos na maior cidade do país, São Paulo.
Bolsonaro confirmou seu apoio a Celso Russomanno na disputa contra Bruno Covas (PSDB) e uma enorme lista de candidatos, que inclui a deputada federal Joice Hasselmann (PSL), ex-aliada do governo.