No fim da última semana as atividades da Igreja Universal foram suspensas em Angola em decorrência das investigações da morte de 16 pessoas em um evento realizado pela igreja. Com a divulgação da notícia da suspensão, a igreja publicou um comunicado oficial comentando o caso e lamentando a prisão de alguns de seus pastores no país.
Na nota, a Universal comenta também a presença de viaturas policiais em seus templos, e afirma que já está tomando as medidas judiciais cabíveis para reestabelecer as operações da igreja.
– Lamentamos, ainda, informações que chegam da detenção de pastores da IURD em diversas localidades de Angola, bem como da presença de viaturas policiais em nossos templos – declara a nota.
A nota publicada pela igreja afirma ainda que a Universal não foi notificada oficialmente sobre o caso, tendo ciência da suspensão somente pelo comunicado de imprensa distribuído pelas autoridades locais a agências de notícias. Porém, apesar de afirmar não ter conhecimento oficial da suspensão, a nota afirma que a denominação está “tomando as medidas cabíveis para restabelecer o pleno funcionamento da Igreja naquele país”.
Leia a nota na íntegra:
Com referência à suspensão das atividades da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), divulgada pelo governo da República de Angola, vimos a público esclarecer que:
1- A IURD está legalmente estabelecida em Angola desde 1992, conforme atestam documentos oficiais expedidos pelo país, onde mantém 230 templos, 430 pastores e cerca de 500 mil fiéis.
2- A direção da Igreja Universal de Angola tem colaborado firmemente com as autoridades locais no esclarecimento das causas do terrível episódio ocorrido em 31 de dezembro de 2012 no Estádio da Cidadela Desportiva, em Luanda, e prestou o apoio possível aos feridos e aos familiares das vítimas.
3- Até o presente momento, não conhecemos oficialmente o teor da decisão, nem sua extensão. Temos ciência somente pelo “Comunicado de Imprensa” distribuído pelas autoridades locais a agências de notícias.
4- Lamentamos, ainda, informações que chegam da detenção de pastores da IURD em diversas localidades de Angola, bem como da presença de viaturas policiais em nossos templos.
5- Respeitamos profundamente as leis e as autoridades constituídas nos mais de 180 países onde atuamos. Assim, nos termos da legislação angolana, estamos tomando as medidas cabíveis para restabelecer o pleno funcionamento da Igreja naquele país, certos de que a liberdade de religião, consagrada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e reiterada expressamente na Constituição da República de Angola, prevalecerá.
Por Dan Martins, para o Gospel+