O vereador Renato Freitas, do Partido dos Trabalhadores (PT) do Paraná, teve o seu mandato cassado em 1° turno de votação na Câmara de Curitiba, na última terça-feira (21). Dos 34 parlamentares que votaram, 25 foram a favor da cassação.
O parlamentar responde a um processo por quebra de decoro, após ser acusado de liderar uma invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em 5 de fevereiro desse ano.
“Não resta qualquer dúvida de que estamos diante de um caso de quebra de decoro parlamentar”, declarou o vereador Denian Couto (PODE), que discursou em favor da cassação de Freitas, segundo o G1.
Pelas redes sociais, contudo, lideranças petistas protestaram contra a decisão da Câmara de Curitiba, que agora deverá ser confirmada ou rejeitada em um segundo turno de votação, de acordo com o regimento da casa.
“Lamentável decisão da Câmara de Vereadores de Curitiba de cassar em 1° turno o mandato de @Renatoafjr que está sendo vítima de uma injustiça como parte do racismo que assola nossa sociedade. Toda solidariedade ao nosso companheiro. Força, Renato!”, protestou a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann.
A invasão
Em fevereiro desse ano, Renato Freitas invadiu a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos com um grupo de militantes ligados à esquerda, em um suposto ato de protesto contra o racismo.
Na ocasião, uma missa que era celebrada precisou ser interrompida devido à perturbação, o que é considerado crime pelo Artigo 208 do Código Penal Brasileiro.
Feitas, contudo, negou que tivesse invadido a igreja, apesar do episódio ter sido confirmado pelo padre e pela Arquidiocese, em nota. O vereador alegou que “a porta estava aberta”.
“A porta estava aberta e a igreja é nossa, porque a gente é cristão também e Deus é nosso pai. […] A gente não fez nada de mal a ninguém”, afirmou Freitas. “Os humanos querem sempre ser senhores de outros humanos e nessa corrida fazem outras pessoas de reféns.”