O Templo de Salomão da Igreja Universal do Reino de Deus foi beneficiado por uma lei aprovada recentemente pelos vereadores de São Paulo, que permitirá a regularização do megatemplo.
À época da inauguração, uma denúncia feita pela imprensa mostrou que a denominação fundada pelo bispo Edir Macedo usou informações inverídicas para conseguir o alvará de construção do Templo de Salomão junto à prefeitura de São Paulo.
A região do Brás, onde fica a nova sede da Universal, pertence a uma ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social), e novas construções, de acordo com a lei vigente à época, deveriam priorizar habitações populares.
Agora, os vereadores aprovaram uma lei que obriga os donos de empreendimentos não destinados a habitação em ZEIS sejam obrigados a doar terrenos para a Prefeitura em troca da regulamentação dos respectivos imóveis. Os terrenos repassados à administração municipal deverão ser destinados a moradias.
O projeto, do prefeito Fernando Haddad (PT), foi aprovado por 39 votos a 3. A Igreja Universal já havia costurado um acordo com a prefeitura para doar uma área no bairro do Tatuapé, zona leste, e assim conseguir a regularização do Templo de Salomão. O espaço que será doado pela denominação fica a quilômetros de onde sua nova sede foi construída.
“O Templo de Salomão trouxe benefícios à região. É uma maneira de a igreja regularizar 100% a situação”, comentou o vereador Eduardo Tuma (PSDB), pertencente à bancada evangélica da Câmara Municipal.
A Igreja Universal do Reino de Deus, que sempre negou irregularidades na construção do Templo de Salomão, gastou mais de R$ 680 milhões no projeto. O megatemplo tem 74 mil metros quadrados e é cerca de três vezes maior que a Basílica de Aparecida, maior templo católico no Brasil.