A homossexualidade é motivo de divergências em algumas áreas do conhecimento humano devido à compreensão sobre o seu desenvolvimento, isto é, como tal orientação sexual é construída ao longo da vida humana, já que não há provas de que alguém nasce gay, razão pela qual questões como à ausência paterna e o abuso sexual são levantadas entre os debatedores do assunto.
Para o ex-homossexual Tiago Leite, por exemplo, que deixou a homossexualidade há 7 anos, após viver por 18 como travesti, a sua antiga orientação pode ter sido influenciada pela falta de vínculo com o seu pai, assim como por abusos sofridos por ele durante a infância.
“Teve muita traição no casamento do meu pai com a minha mãe, desde o princípio. Creio que aí já gerou uma maldição. Depois disso, a minha mãe se casou [novamente], meu pai foi embora e teve aquela ausência paterna muito grande. Ela se casou com outra pessoa, mas não tinha intimidade nenhuma, nem carinho ou afeto”, disse ele.
“A gente sabe que muitas vezes há homens que não são pais de sangue, são padrastos, um tio, um avô, mas representam uma figura paterna. Eu não tive isso. Meu pai foi sempre ausente, mesmo estando dentro de casa”, destacou Tiago durante entrevista para o portal Guiame.
Convertido ao Evangelho de Jesus Cristo, casado com Aldeneide Bernardo e pai de dois filhos, Tiago Leite reconhece agora, mais do que nunca, a importância da figura paterna (e materna) na formação da identidade sexual de crianças e adolescentes, algo que a cultura atual parece tentar desconstruir através de ferramentas como os meios de comunicação.
“A figura paterna define. Então, quando não tem a presença paterna fica uma lacuna. Tanto para a menina, como para o menino, é muito difícil. A chance de direcionar para esse lado [homossexualidade], é muito grande”, alertou. “Hoje eu sou pai e tento fazer tudo diferente”.
Assista a entrevista completa e o momento em que Tiago Leite fala sobre como os abusos sexuais afetaram a sua vida, abaixo: