A perseguição religiosa deve ser enfrentada firmemente, e se for necessário que pastores sejam presos para que o povo cristão se levante contra ela, que assim seja. Essa é a postura do pastor Rick Warren, líder de uma das maiores igrejas norte-americanas e escritor conhecido internacionalmente.
Warren afirmou que a situação de perseguição aos cristãos é grave não apenas em países de maioria muçulmana, mas também em nações como os Estados Unidos, onde a liberdade religiosa sempre foi uma bandeira.
O líder da megaigreja Saddleback disse ter sido atacado recentemente por suas posturas a respeito de temas contemporâneos baseadas em princípios cristãos, e citou o exemplo do pastor Martin Luther King Jr., que hoje é celebrado como um ativista dos Direitos Humanos, mas foi perseguido e morto por sua postura igualmente baseada na mensagem bíblica.
De acordo com informações do Christian Post, o discurso de Warren foi feito durante uma Convenção Batista na Califórnia que recebia representantes da Hobby Lobby, uma empresa que pertence a empresários cristãos e que luta pelo direito de tocar os negócios conforme seus princípios religiosos.
O pastor Rick Warren lembrou que há grupos universitários cristãos são coagidos a abdicar de princípios de fé por conta de ações judiciais abertas por pessoas incomodadas com a expressão religiosa, e ressaltou que não se pode determinar o que uma igreja ou colégio cristão pode ou não fazer no âmbito da crença.
Citando Mateus 22: 21, Rick Warren afirmou “dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, e usou a passagem bíblica para frisar que em um Estado laico, as autoridades não devem se misturar com a doutrina religiosa e nem a doutrina religiosa pôr em risco a laicidade do Estado.
Ao fim do discurso, o pastor afirmou que a iniciativa dos cristãos em defesa da liberdade religiosa é algo que extrapola “questões partidárias” por ser um “problema que envolve a dignidade humana”.