As diversas redes sociais tomaram medidas de censura contra os posicionamentos do pastor Silas Malafaia, apagando publicações e vídeos que mostravam questionamentos ao posicionamento das autoridades sobre a pandemia de coronavírus, assim como expunha opiniões a respeito do alcance da doença.
Na noite da última quinta-feira, 02 de abril, o Twitter deletou sete publicações da conta de Malafaia, deixando apenas uma mensagem: “Este tweet não está mais disponível”. A medida foi tomada pela rede social por considerar que os conteúdos “infringiam regras sobre coronavírus” estabelecidas no início da crise.
Em nota, o Twitter disse que “anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir COVID-19”, segundo informações do portal Bem Estar.
Embora o Twitter tenha deletado as mensagens, o pastor não perdeu tempo e já fez outras nove publicações sobre cononavírus, poucas horas após às remoções da rede social.
O mesmo foi feito pela rede social Instagram, com vídeos do pastor questionando a postura das autoridades. O jornalista Ancelmo Góis, habitual crítico do líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), afirmou em sua coluna n’O Globo que Malafaia teria disseminado fake news.
“O Instagram tirou do ar, ontem, mais um vídeo de Silas ‘Sempre Ele’ Malafaia, que usava informações falsas para incentivar a “gente pobre trabalhadora” a não ficar em isolamento”, escreveu Góis.
Já nesta sexta-feira, 03 de abril, o YouTube removeu do canal do pastor o vídeo em que ele mostrava cenas do comércio aberto nas comunidades carentes do Rio de Janeiro e chamava de “quarentena de araque” a medida de restrição decretada pelo governador Wilson Witzel (PSC).