Os deputados José Genoíno e João Paulo Cunha, ambos do PT de São Paulo, se tornaram alvo de um protesto silencioso de evangélicos, que pedem a saída dos dois da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
O protesto, realizado hoje durante uma reunião da CCJ na Câmara, se deve ao fato de que ambos foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão.
No total, cerca de 40 evangélicos compareceram à reunião, segurando cartazes com frases como “Fora dep. Genoíno” e “Fora dep. João Paulo Cunha”, além de dizeres “a favor da vida” e “Sim à família”.
No grupo, haviam fiéis e pastores da Assembleia de Deus do Gama, cidade satélite de Brasília. Anteriormente, o mesmo grupo já compareceu a reuniões da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) para se manifestar em apoio ao pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
O deputado João Paulo Cunha não estava presente à reunião, e José Genoíno afirmou aos jornalistas que não se importava com a manifestação: “Não respondo a provocação”, disse, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
O pastor Silas Malafaia, escreveu em seu site, um comentário sobre o caso, dizendo que os evangélicos deram “uma aula de democracia e civilidade”, pois protestaram de forma tranquila, exercendo seu direito: “Nenhuma gritaria, nenhum palavrão, nenhum cartaz com ofensas morais. Na verdade nenhuma palavra dita, apenas cartazes com dizeres civilizados”.
Malafaia questionou ainda se os ativistas tomariam esse protesto como exemplo: “Será que o ativismo gay aprenderá com a gente? Pois nos chamam de fundamentalistas e antidemocráticos. É para rir, hahaha. Espero que a sociedade veja quem são os verdadeiros intolerantes”.
Já o colunista da Veja Reinaldo Azevedo além de comparar as manifestações questionou a divulgação da mídia para a manifestação dos evangélicos. Para ele se os jornais e televisões não noticiarem o protesto na primeira página “é sinal de que, entre o protesto democrático e as falanges fascistoides, os jornais escolheram a segunda alternativa, e aí é hora de você escolher melhor os jornais [e televisões]”, ponderou.
“Eu não estou igualando as duas situações porque igualáveis elas não são. José Genoino foi condenado em última instância por corrupção ativa e formação de quadrilha. João Paulo Cunha foi condenado em última instância por corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Feliciano não foi condenado por nada até agora, em instância nenhuma. Concorde-se ou não com o que ele pensa, e eu não concordo, sua presença numa comissão não é afronta nenhuma à democracia. As de João Paulo e Genoino são um escárnio.” – Reinaldo Azevedo
O colunista da Veja encerrou dizendo “parabéns aos evangélicos. É assim que se faz.”
Por Tiago Chagas, para o Gospel+