O apresentador Carlos Massa, vulgo Ratinho, foi condenado juntamente com o SBT a indenizar uma igreja inclusiva em R$ 150 mil por conta de declarações feitas há mais de uma década em seu programa de TV.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação de primeira instância do Tribunal de Justiça de São Paulo em 2011.
O imbróglio começou quando, em 2003, Ratinho mostrou imagens de um culto da primeira “igreja gay” de São Paulo, a Igreja Acalanto – Ministério Outras Ovelhas, dirigida pelo pastor Victor Orellana.
Em rede nacional, Ratinho comentou as imagens feitas com uma câmera escondida dizendo que a denominação era frequentada por “viadinhos” e “viados”, e que não tinha uma filial, mas sim uma “viadal”.
O TJ-SP entendeu que os comentários “jocosos” do apresentador eram excessivos, e o desembargador Fábio Quadros disse que a ofensa não estava no uso da palavra “gay”, e sim no “escárnio, chacota” feitos pelo apresentador, que teria dado um “tratamento chulo e depreciativo sobre a fé professada pelo autor [o pastor Orellana]”.
De acordo com informações do jornalista Daniel Castro, o SBT recorreu da sentença ao STJ pedindo a redução do valor da indenização, porém o ministro Luís Felipe Salomão negou o recurso, afirmando que os R$ 150 mil definidos como valor indenizatório não podem ser considerados “exorbitantes” pois a ofensa foi proferida por um “famoso apresentador” em rede nacional de televisão.
Igrejas inclusivas
As chamadas “igrejas inclusivas” são conhecidas por pregar a homossexualidade como um comportamento aceitável diante de Deus, assim como o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Nessas igrejas, a “teologia inclusiva” adapta as doutrinas tradicionais ao comportamento dos frequentadores, apesar de pregarem que o sexo deva ser praticado apenas após a união formal.
A mais conhecida denominação inclusiva do Brasil é a Comunidade Cidade de Refúgio, dirigida pela pastora Lanna Holder e sua esposa, Rosania Rocha.