Um menino de 12 anos de idade que foi à escola usando uma camiseta que dizia “existem apenas 2 gêneros” denunciou que os professores o retiraram da aula de Educação Física e obrigaram seu pai a leva-lo para casa. Agora, seu caso está repercutindo como uma demonstração da intolerância dos militantes progressistas.
Liam Morrison foi à escola com a camiseta imaginando que alguns colegas poderia fazer comentários sobre a mensagem, mas não que o caso se tornasse uma polêmica internacional: “Todos na minha sala de aula e todos na minha aula de Educação Física apoiaram o que eu fiz”, disse ele.
Em entrevista à Fox News, Liam pontuou que nenhum de seus colegas se incomodou a ponto de confronta-lo, mas os professores o retiraram da aula e o orientaram a não usar a camisa novamente pois, supostamente, vários alunos e funcionários da escola teriam se reclamado.
Liam contou que, respeitosamente, se recusou a tirar a camiseta, e em resposta os funcionários da escola chamaram seu pai para vir buscá-lo. A superintendente das Escolas Públicas de Middleborough, Carolyn Lyons, afirmou que o aluno havia violado seu código de vestimenta.
“O conteúdo da camisa de Liam tinha como alvo alunos de uma classe protegida, ou seja, na área de identidade de gênero”, disse Carolyn por email.
Entretanto, o jovem estudante contou que decidiu usar a camiseta para fazer valer seu direito à liberdade de expressão conforme a Constituição: “A razão pela qual eu usei é porque, bem, todo mundo tem direito às suas opiniões e eu quero poder expressar a minha sobre um assunto sobre o qual muitas pessoas estão falando”.
“Eu definitivamente não gosto que eles tenham violado o que é basicamente a primeira coisa que as pessoas que estavam no comando da América na época afirmaram que tínhamos permissão para fazer e hoje em dia parece que isso está sendo tirado, e é por isso que alguns as pessoas escolhem falar sobre isso. Não sou só eu”, acrescentou o aluno.
A entidade Massachusetts Family Institute (MFI) saiu em defesa do aluno e enviou um comunicado à direção da escola Nichols Middle (NMS) informando que a atitude tomada pelos professores representava uma violação dos direitos de Liam.
Sam Whiting, advogado da entidade, descreveu a situação como um “caso bastante claro de censura”: “Existe uma jurisprudência que remonta à década de 1960 e talvez até antes que afirma muito claramente da Suprema Corte que os alunos não perdem o direito à liberdade de expressão quando entram pela porta da escola. E é exatamente isso que a escola está tentando fazer aqui”.
“Liam estava tentando expressar sua opinião sobre um tópico que é controverso em nossa cultura agora. É um tópico político. Muitas pessoas têm opiniões diferentes sobre isso. Mas eles disseram que essa opinião não é autorizada na escola e, portanto, você não pode declará-la”, acrescentou o advogado.
A legislação garante o direito à liberdade de expressão, continuou o advogado, e isso só pode ser questionado se houver uma “perturbação material e substancial na escola” ou se for feita a defesa do uso de drogas ilegais.
Apesar de todo esse embasamento jurídico, a diretoria regional responsável pela escola informou, através de seus advogados, que seguirá proibindo “o uso de uma camiseta por Liam Morrison ou qualquer outra pessoa que possa ser considerada discriminatória, assediadora e/ou intimidadora para outros, incluindo aqueles que não estão em conformidade com o gênero, sugerindo que sua orientação sexual, identidade ou expressão de gênero não existe ou é inválida”.
A reação da família do aluno foi informar que irá à Justiça contra a escola para marcar posição em defesa da liberdade de expressão.
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