Um grupo de 400 muçulmanos radicais da etnia fulani, na Nigéria, se converteu ao Evangelho após ouvirem a pregação da palavra de Deus e se comprometeram a ajudar interromper a perseguição contra os cristãos.
O pastor Copper Sebok, líder da Church of Christ In Nations, anunciou a conversão dos muçulmanos recentemente, e causou um grande rebuliço no país, pois os fulani são vistos como um grupo de violência desmedida, com requintes de crueldade, e vistos até como piores que o Boko Haram.
Durante um evento que reuniu a maioria dos 400 novos convertidos, o pastor Sebok destacou que sete dos fulani receberam treinamento e foram ordenados pastores. Agora, o líder da denominação disse contar com eles para a pregação do Evangelho aos parentes e amigos da etnia fulani, e também para o estabelecimento da paz.
A tradição dos fulani é de criação de gado, e a concentração do povo se dá no norte do país. A Nigéria, no entanto, vem sofrendo com as mudanças climáticas, com muitas áreas tornando-se desérticas, obrigando a migração dos criadores para áreas ao sul, onde está a concentração de cristãos.
Esse contato não foi pacífico, e inicialmente houve conflitos e muitas invasões, perpetradas pelos extremistas muçulmanos fulani, que impunham sua estada na região à força. Essa relação deu origem a uma ideia de que algumas tribos não podem ser alcançadas pela palavra de Deus, tamanha era a dificuldade de diálogo.
Ao anunciar a conversão dos 400 fulani, o pastor Sebok disse que essa era a prova de não existe povo que “não possa ser alcançado com o Evangelho de Cristo”. Falando em nome dos convertidos, o recém nomeado pastor Hassan Mohammed expressou gratidão a Deus por lhes dar uma “nova vida”.
“Armados com a nova fé”, disse Hassan Mohammed, “iremos anunciar o Evangelho não só aos fulani, mas a todos”, de acordo com as informações do portal The Christian Post.