Fofoca é definida pelo dicionário como o ato de causar intriga, repercutindo fatos ou boatos, de maneira parcial. Agora, a Justiça estabeleceu um precedente, e fofocar na igreja rendeu uma indenização à vítima do falatório.
Uma mulher que frequenta uma igreja evangélica em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, entrou com uma ação na Justiça pedindo indenização por danos morais depois que seu nome esteve ligado a uma fofoca.
Na ação, a requerente afirmou que dois fiéis, sob a alegação de terem recebido uma “revelação divina”, estavam espalhando o boato para os demais membros da igreja de que ela teria traído o marido.
A 18ª Câmara Cível do Rio de Janeiro deu ganho de causa à vítima da fofoca, que agora, receberá R$ 5 mil de indenização de cada um dos fofoqueiros, segundo informações do jornalista Ancelmo Góis, colunista do jornal O Globo.
“As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos; descem até o íntimo do homem. Quem relaxa em seu trabalho é irmão do que o destrói” -Provérbios 18:8,9
Bronca
Há pouco mais de dois anos, o papa Francisco aconselhou os fiéis a buscarem a Deus em oração ao invés de gastarem tempo com fofocas.
Durante uma celebração da missa matinal na residência de Santa Marta, no Vaticano, Francisco disse aos presentes que “escutar Jesus” faz bem e traz mais benefícios do que cuidar da vida alheia ou se ater a ficções, como novelas.
Francisco usou uma passagem da Bíblia em que Jesus estava no meio de uma multidão, que o ouvia atentamente. O papa destacou que os cristãos devem se manter dessa forma, com “olhos e ouvidos fixos nas palavras de Jesus”.
“Em sua casa, por 15 minutos, pegue o Evangelho, uma passagem curta. Imagine o que aconteceu e fale com Jesus. Dessa forma, seu olhar estará fixo em Jesus, e não nas telenovelas. O seu ouvido estará fixo nas palavras de Jesus, e não nas fofocas dos vizinhos”, orientou o papa.