A História de Ester – Figurinos de época, lutas e os mesmos efeitos visuais vistos no blockbuster 300. Não é mais um filme que estreia nos cinemas, mas a nova minissérie da Record, que investiu pesado e fez uma superprodução para retratar a Pérsia de 479 a.C., época em que se passa A história de Ester, prevista para estrear no dia 11 de janeiro.
– É uma produção feita com grande cuidado, com uma grande equipe e efeitos que não se viam ainda na TV brasileira. É uma linguagem diferente, bacana – elogia a atriz Gabriela Durlo, que interpreta a personagem-título.
Após participar das novelas Amor e intrigas, Vidas opostas, e das séries A lei e a ordem (todas da Record) e Mandrake (HBO), ela encara, pela primeira vez, um papel de protagonista.
– Está sendo ainda mais especial por ser a Ester, que é uma personagem forte. É uma figura muito conhecida, tem um peso. Ela é uma judia plebeia que é levada para o harém do rei Assuero, interpretado por Marcos Pitombo. Ele se apaixona por Ester e ela acaba sendo coroada rainha, e arrisca sua vida para salvar o povo judeu do extermínio. É um trabalho muito interessante, e a história é profunda e consistente.
Para a autora Vivian de Oliveira, a história de Ester é “cheia de reviravoltas e conflitos e nos transporta para um mundo totalmente diferente”. A adaptação do texto bíblico demandou muita pesquisa e estudo sobre a época, o mundo antigo e a religião.
– O primeiro passo foi entender como as pessoas viviam na Pérsia em 479 a.C. Tivemos a consultoria de um historiador que nos ensinou sobre os costumes da época, a etiqueta do palácio, a influência do império persa, as guerras travadas pelo rei Assuero, entre tantas outras coisas – detalha Vivian. – Aprendemos também sobre esse momento tão importante para o povo judeu. Tudo isso foi enriquecedor e nos ajudou a mergulhar no universo de uma moça judia do povo e de um rei que era reverenciado como um deus.
Gabriela Durlo afirma que há diferenças na hora de atuar numa minissérie de época, e que teve que ter atenção dobrada com os detalhes históricos.
– Tivemos cuidado com a linguagem, evitamos gírias, pronunciamos todas as letras das palavras. É preciso se policiar na hora de gravar – ressalta a atriz. – E tivemos uma preparação muito boa, tivemos contato com um historiador e fizemos várias oficinas. Como é uma época desconhecida, em cada pesquisa você acha um elemento novo, de fato pouca coisa foi registrada, e você tem que tomar uma certa liberdade pra seguir uma linha.
Houve também, como revela Gabriela, um cuidado para não retratar a narrativa, que se passa na Antiguidade, de uma forma que distanciasse o público, acostumado às tramas urbanas. Vivian de Oliveira acredita que, mesmo se passando tanto tempo atrás, a história continua atual:
– A trama é recheada de conflitos inerentes ao ser humano em qualquer lugar do mundo ou em qualquer época. A minissérie fala de amor impossível, amor não correspondido, vingança, sede de poder, ambição, inveja, traição, família, luta entre irmãos, fé, ou seja, não importa se a história se passa há tanto tempo – comenta a autora. – As dores, frustrações, alegrias e sonhos desses personagens que viviam na Pérsia são os mesmos que nós sentimos nos dias de hoje. Por isso, tenho certeza que o público irá se identificar com os personagens.
O conteúdo e os personagens do livro de Ester receberam alguns acréscimos da autora na adaptação para a TV, ganhando, inclusive, alguns personagens.
– A história central de Ester e Assuero (Marcos Pitongo) e as maldades do vilão Hamã (Paulo Gorgulho) contra os judeus, especialmente contra Mordecai (Ewerton de Castro), estão presentes. Mas só esses personagens não sustentariam 10 capítulos. Tive a preocupação de criar personagens novos que pudessem ser inseridos na trama sem comprometer ou descaracterizar a história original, que permanece intacta. Criei em cima das lacunas: a melhor amiga de Ester, um judeu amigo de Mordecai, um romance entre uma judia e um amalequita, filho de Hamã, inimigos dos judeus, um amigo de infância de Ester que é apaixonado por ela, e assim por diante.
O romance entre esses novos personagens foi, inclusive, inspirado em Romeu e Julieta. A judia Ana, vivida por Letícia Colin, e Aridai, personagem interpretado por Paulo Nigro e que é filho do vilão Hamã, o maior inimigo do povo judeu, vão viver um relacionamento tumultuado, enfrentando a oposição de suas famílias.
Fonte: Jornal do Brasil / Gospel+
Via: Notícias Cristãs