No final do ano, durante a celebração do Natal, uma igreja da Flórida, nos Estados Unidos, optou por transformar o momento de comemorar o nascimento de Jesus Cristo em uma oportunidade de expressar o amor de Deus de forma prática, quitando US$ 1,6 milhão (equivalente a R$ 6,6 milhões na cotação desta terça-feira) em dívidas de moradores com planos de saúde.
Os moradores foram surpreendidos com uma carta em suas residências no Dia de Ação de Graças, informando que os valores devidos foram pagos, contendo apenas uma identificação discreta da igreja acompanhada de afeto: “A Access Church ama você”.
O pastor Ryan Jordon, líder da Igreja Access, explicou para à agência Associated Press que a prática de solidariedade da sua denominação já se tornou uma tradição anual, mas com atividades diferentes.
Em 2018 eles fizeram algo semelhante, mas o gesto vai desde coisas simples, como o reparo de uma instalação residencial na própria comunidade, ou mesmo o investimento na infraestrutura de outros países.
“Às vezes é algo local com a nossa igreja, consertando telhados danificados por furacões ou consertando condicionadores de ar. Outras vezes é para construir casas, orfanatos e igrejas nos países do Terceiro Mundo”, disse ele, segundo informações do portal Christian Headlines.
O pastor disse ter ficado impressionado ao saber do levantamento feito pela RIP Medical Debt, uma organização sem fins lucrativos que visa auxiliar pessoas com necessidades financeiras. Eles usaram como critério beneficiar pessoas com renda igual ou inferior a 50% da linha de pobreza federal.
O montante da dívida era de US$ 3 milhões, dos quais US$ 1,6 milhão foi abatido pela igreja. “Fiquei absolutamente deslumbrado, deslumbrado”, disse Jordan. “Todo mundo passa por momentos difíceis e os cuidados com a saúde são uma necessidade”.
Jordan explicou que a igreja não entra em contato direto com os beneficiados, porque os seus nomes são mantidos em sigilo. Essa medida visa evitar que as pessoas se sintam constrangidas em querer dar algo em troca para a igreja.
“Então, por não sabermos quem são essas pessoas, não há nada que prenda elas a nós”, disse o pastor. “Não esperamos que alguém nos pague de volta. Se alguém aparecesse e tentasse, não haveria ninguém que aceitasse”.