O testemunho da ex-transgênero Debbie Karemer, de 61 anos, é mais um caso de comprovação sobre os trágicos efeitos que a ideologia de gênero tem causado a milhões de pessoas ao redor do mundo. São pessoas que assim como ela, acreditaram ter nascido no corpo errado, mas que agora compreendem claramente o motivo de tal pensamento.
“Passei anos sentindo que não poderia viver em meu próprio corpo e me odiando a cada momento”, disse Karemer a um jornal britânico. Ela acreditou que resolveria a sua angústia depois que deu ouvidos aos defensores da ideologia de gênero. A “mudança de sexo” lhe pareceu a melhor decisão.
“‘De repente, vi a resposta no programa ‘Kilroy’. Parecia a única resposta para mim. Parecia o único caminho a seguir”, disse a ex-transgênero. Karemer começou a sua transição sexual com injeções de testosterona. Três meses depois os seus seios foram removidos. Em 2004, os cirurgiões removeram o útero, os ovários e as trompas.
Karemer também realizou uma metoidioplastia, um procedimento cirúrgico para criar um “pênis” falso, feito com tecidos do próprio corpo do/da paciente. Nesse processo, ela praticamente retirou a sua vagina e inseriu testículos protéticos. Aparentemente, Karemer parecia do sexo masculino, mas tudo não passava de uma ilusão.
Abuso sexual
Internamente, Karemer sabia que a mudança em seu corpo não havia curado a fonte das suas angústias. Ela só descobriu isso depois de mutilar partes do seu corpo e passar 17 anos vivendo em uma ilusão. Foi durante uma sessão de psicoterapia que a verdade sobre a sua disforia de gênero feio à tona.
Karemer ouviu a palavra “trauma de infância” e isso soou como uma bomba em sua mente, pois lhe fez se lembrar de um abuso sexual que sofreu quando criança. “Na sessão em que percebi que isso era tão ruim eu tive um colapso completo e um ataque de pânico, porque percebi que era um grande erro [“mudar de sexo”]”, disse a ex-transgênero.
Karemer entendeu que mulheres em geral que são estupradas, especialmente na infância (abuso infantil), podem desenvolver uma rejeição pelo sexo masculino, de forma que um conflito de identidade sexual pode se instalar como um mecanismo inconsciente de defesa. Ou seja, a homossexualidade nesses casos é uma adaptação a um contexto traumático que envolve o sexo oposto.
“Fiquei traumatizada com o que aconteceu na minha vida e fui [precocemente] diagnosticada como sendo transgênero”, disse ela. “Olhando para trás agora, percebo que era simplesmente uma sensação de que, se eu não tivesse uma vagina, não poderia ser estuprada”.
Ela então concluiu que não pode dissociar o sexo biológico da sua mente, mas sim tratar a fonte dos seus traumas de forma correta, em vez de querer se adaptar ao trauma mutilando o próprio corpo para criar uma espécie de proteção ilusória contra o problema.
“Eu sou uma mulher. Eu não pretendo ser um homem”, disse ela. “Estou presa. Eu me sinto completamente mutilada. É uma bagunça completa. Por onde você começa? Só me arrependo dessa decisão. Eu me transformaria em outra pessoa e deixaria a mulher traumatizada completamente para trás”, contou.