O anúncio de desistência do novo mandato como deputado federal feito por Jean Wyllys (PSOL-RJ) repercutiu na imprensa e nas redes sociais, com muitos desafetos do ex-BBB comentando o fato. Colegas de Câmara do parlamentar também expressaram suas impressões sobre a decisão do ativista LGBT ir morar fora do Brasil.
Os pastores Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) e Marco Feliciano (PODE-SP) usaram as redes sociais para comentar a revelação feita por Wyllys em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Outro que comentou a notícia foi o jornalista Ricardo Costa, do portal JM Notícia, que foi processado pelo ex-BBB por denunciar um projeto de sua autoria que tratava da possibilidade de mudança de sexo de crianças sem exigir consentimento dos pais.
“Se a vida da maioria dos brasileiros ainda está ruim, imagina pra quem cuspiu na cara do presidente!? 😄😄”, ironizou Sóstenes Cavalcante no Twitter, recapitulando o episódio em que Jean Wyllys deu uma cusparada em Jair Bolsonaro (à época no PSC) durante a sessão da Câmara que acolheu o pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Se a vida da maioria dos brasileiros ainda está ruim, imagina pra quem cuspiu na cara do presidente!? 😄😄
— Sóstenes (@DepSostenes) 24 de janeiro de 2019
Já Marco Feliciano, um dos principais antagonistas de Jean Wyllys, levantou suspeitas sobre a decisão anunciada ser apenas uma ação midiática: “Ele alega estar sendo ameaçado. Por ser um deputado pirotécnico e midiático, acredito que as ameaças que ele fala devem vir de suas mídias sociais. Se não me engano, não apresentou até agora nenhuma prova contumaz. Mas, está dizendo que vai renunciar ao novo mandato, que conseguiu apenas com 24 mil votos”, contextualizou.
“Calma, gente. Ele não é o primeiro deputado a mentir sobre deixar mandato, ou não ser mais candidato.Você lembra de outro? Tem um outro famoso que disse que não seria candidato, foi [novamente] e foi eleito”, ironizou Feliciano, em referência ao palhaço Tiririca (PR), que anunciou a desistência da política em 2017, mas voltou a disputar eleições em 2018.
“Caso seja verdade, o que eu não acredito, deve ser porque viu a diferença dos mandatos passados, onde poucos o enfrentavam, como eu, deputado Jair Bolsonaro e uns poucos. Nós éramos apenas alguns que não tinham medo do seu extremismo, nem das suas cusparadas. Mas, agora a verdadeira tropa de choque vem chegando aí dia 01 de fevereiro, prontos para rebater as suas ofensas, suas políticas destemperadas com aval de grande apoio popular”, alfinetou Marco Feliciano.
Para o pastor, a postura do militante LGBT é típica de um medroso: “A sua covardia foi mais forte que seu antigo deslumbre, quando era BBB. Mas nem preciso ser profeta, não é, gente, para preconizar que tudo isso pode não passar de uma ação midiática de quem se encontra numa insignificância dolorosa e brevemente virá novamente a público num deslumbrante ‘dia do fico’, na maior cara de pau, como se fosse importante a sua desistência de renunciar à política”.
O jornalista Ricardo Costa, que foi processado por Wyllys e venceu a disputa na Justiça Federal no Tocantins, com a decisão da juíza substituta Gianne de Freitas Andrade pelo arquivamento da ação, comentou de forma contida o anúncio: “Vá com Deus”. O portal JM Notícia repercutiu o caso, pontuando que “a decisão de Wyllys mostra que a esquerda perde força no país, pois o conservadorismo avança democraticamente após anos calado no debate político”.
Assista e DÊ RT! Jean Wyllys O Covarde! pic.twitter.com/i0HoRaFduS
— Marco Feliciano (@marcofeliciano) 25 de janeiro de 2019