Um projeto social denominado “Ambulância dos Sonhos” permite que doentes terminais tenham a chance de realizar desejos, mesmo internados em unidades de terapia intensiva.
O idealizador do projeto, Assi Dvilansky conta que nos últimos três anos, centenas de pessoas se beneficiaram da oportunidade única que o projeto proporciona. “Ele é aberto aos doentes terminais de todas as origens, nacionalidades, raças e religiões”, afirmou.
As histórias ligadas ao projeto são sempre emocionantes, pois envolvem a conquista de objetivos normalmente tidos como impossíveis de se realizar no caso de pacientes terminais, que gostariam de ir a algum lugar que nunca tenham visitado, ou que desejem retornar uma última vez.
Entre os fatos relatados pelo idealizador do projeto está a história de Miriam Yhia, que hospitalizada em estado terminal devido a um câncer no cérebro, pode presenciar o casamento de sua sobrinha, a israelense Sima Akrish: “Foi uma experiência maravilhosa para todos nós. Todos riram e choraram ao mesmo tempo ao vê-la participando conosco da festa de casamento”, contou a mãe da noiva, Lea Akrish, que emendou: “Antes do casamento ela já nem falava mais, mas durante a festa até chegou a cantar e a sorrir”.
A “Ambulância dos desejos” também atendeu ao pedido de um menino iraniano de 13 anos, que desejava visitar a Mesquita de El Aqsa, em Jerusalém Oriental.
Para viabilizar a realização da ação, que envolvia o governo iraniano e israelense, historicamente inimigos, foi necessário o envolvimento da Turquia e da administração palestina da mesquita de Aqsa. “Apesar dos problemas entre Israel e o Irã, fizemos todos os esforços para possibilitar que aquele menino pudesse realizar seu sonho antes de deixar este mundo. Muitas vezes é bastante complicado realizar os desejos das pessoas, porém nós não poupamos esforços para dar a elas e a suas famílias a oportunidade de um momento feliz em meio às dificuldades que estão passando”, relatou Assi Dvilansky.
De acordo com a Alef News, na última semana um doente terminal que sofre de esclerose múltipla foi levado para participar da formatura dos estudos secundários de sua filha, e apesar de sua incapacidade de se movimentar, o paciente, que se comunica apenas por intermédio do piscar dos olhos e antes de ser acometido pela doença havia sido diretor da mesma escola onde sua filha se formou, teve a oportunidade de rever o local onde trabalhava e de estar perto da família.
O veículo que serve como ambulância para o projeto é um veículo fabricado sob medida e planejado para suprir qualquer necessidade médica que possa surgir durante as viagens. A suspensão da ambulância é especial, para evitar que os pacientes sofram com eventuais buracos na estrada, e um aparelho de vídeo permite que ele veja o percurso por intermédio de uma tela instalada em frente à cama, dentro da ambulância.
Além dos equipamentos, uma equipe de paramédicos treinados especificamente para esse trabalho acompanha os pacientes atendidos pelo projeto: “O paciente vê o caminho como se estivesse sentado ao lado do motorista. Já levamos pessoas para ver o mar, passear em Tel-Aviv, conhecer o Mar Morto, participar de festas familiares, visitar museus. O serviço é grátis e aberto a todos”, orgulha-se Dvilansky.
Fonte: Gospel+
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