A decisão de uma juíza que obrigou a remoção de um vídeo de pregação da Assembleia de Deus em Brasília foi comentada pelo pastor Anderson Silva, que cobrou posicionamento dos pastores em defesa da liberdade religiosa no Brasil.
“Acabou de sair uma sentença de uma juíza aqui do DF na qual ela obriga a igreja Assembleia de Deus a retirar do ar a pregação e toda a mensagem de um pastor americano que veio aqui no carnaval, pregar, e ele condenou inúmeros pecados, inclusive o pecado da homossexualidade”, recapitulou o pastor.
Anderson Silva afirmou que há precedentes na história do cristianismo que foram enfrentados com coragem e fidelidade à Palavra: “Só pastores homens vão dar de ombros para essa sentença da juíza. Só um pastor homem vai dizer ‘não me importo com o que o Estado tem a dizer, eu me importo com o que a Bíblia tem a dizer’. Os apóstolos fizeram isso. Proibiram os apóstolos, em Atos, de pregar o Evangelho. Eles eram presos, os anjos libertavam eles das prisões porque eles diziam ‘mais vale obedecer a Deus do que aos homens’”.
Em sua leitura do caso, o pastor ponderou que a juíza descumpriu a laicidade que ela alega defender na decisão: “Então, olha só: eles pregam tanto a laicidade do Estado… agora, a juíza, porque o pastor disse que existe um lugar no inferno reservado para os homossexuais – e ele não falou só de homossexuais, falou de todo tipo de pecado. O mais interessante é que uma juíza, que defende que o Estado é laico, define se o inferno existe”.
“Porque para ela dar uma sentença sobre a ofensa do gay, sobre o inferno que espera ele, ela tem que definir primeiro matéria religiosa e teológica. Ela tem que definir se o inferno existe, que temperatura ele tem. Para o gay estar ofendido o inferno é quente, é morno ou frio?”, conceituou.
Conhecido por seu jeito franco de falar, sem meias-palavras, Anderson Silva expressou sua insatisfação com o posicionamento leniente da maioria das lideranças das igrejas: “É tão estúpido isso. Os homens evangélicos, e os pastores, estão com tanto medo, estão tão acovardados…”.
“Se um espírita falar que eu vou reencarnar borboleta para expurgar meus pecados, eu vou rir, porque não creio. Não vou me ofender. Se um muçulmano abrir o alcorão e pronunciar qualquer benção ou maldição, eu vou rir porque eu não creio. Para o gay falar que está ofendido com o discurso do pastor, ele tem que decidir: ou ele é gay ou ele é crente. Porque se ele é gay, ele despreza doutrina cristã. Agora se ele está ofendido porque o pastor falou que ele vai para o inferno, eu não estou entendendo mais nada”, finalizou.
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