A Band acusou o pastor André Valadão de cometer o crime de homofobia por pregar em seu sermão que os cristãos devem anunciar a mensagem de arrependimento de pecados. Nas redes sociais, o líder da Lagoinha Church afirmou que não se calará e continuará expondo a vontade de Deus manifesta através das Escrituras.
No Jornal da Band, principal telejornal da emissora, foi exibida uma matéria que recorta trechos da primeira mensagem da série “Censura Não”, que André Valadão iniciou na Lagoinha Orlando, igreja onde é pastor na Flórida (EUA).
No enunciado da reportagem, os apresentadores acusam o pastor de incentivar os fiéis a matarem LGBTs. Já durante a reportagem, foram exibidas as reações de quem se opõe à forma como Valadão fez referência ao dilúvio, quando Deus destruiu a humanidade por conta do pecado, incluindo a imoralidade sexual, e exorta os cristãos a tomarem a mesma iniciativa de rejeição ao pecado através da pregação.
Em resposta às acusações, o pastor gravou um vídeo afirmando que não se calará: “A grande mídia se levanta para tentar gerar uma notícia que você se constrange, ou você é inibido, amedrontado, e isso tem gerado – e gera na vida de muitos cristãos por causa da pacificação que é o Evangelho – a falta de discernimento de se levantar e militar por aquilo que você crê na sua casa, sua família”.
O pastor deu a entender que a repercussão já era esperada: “No primeiro dia das mensagens, é maravilhoso ver isso: grandes mídias já noticiando uma fala minha onde eu uso o termo que está no livro de Gênesis, quando Deus, a partir do dilúvio destrói toda a humanidade por causa da promiscuidade sexual, libertinagem, por causa daquilo que um cristão, genuíno, considera contrário à vontade de Deus. O próprio Deus, na Bíblia – que para nós, cristãos, é o fundamento do que cremos – destrói a humanidade”.
Em seguida, Valadão expõe brevemente o conceito do arco-íris: “A Palavra também deixa claro que os últimos dias seriam como os dias de Noé. Mas, qual a diferença? É que Deus não tem como resetar, Deus não vai matar, Deus não vai recomeçar a humanidade. Dentro disso, na minha pregação, eu deixo claro que cabe a nós puxar as cordas e nós resetarmos. Quando eu digo isso, não digo ‘nós matarmos’, pelo amor de Deus, gente. Eu não digo ‘nós aniquilarmos pessoas’, não é? O que eu digo é: cabe a nós levar o homem, o ser humano, ao princípio daquela que é a vontade de Deus. Cabe a nós, cristãos genuínos, erguermos a nossa voz e deixarmos claro aquilo que é a vontade de Deus”
“É incrível como pessoas podem pegar um contexto e tentar levantar uma imagem e uma narrativa, como ‘esse pastor é homofóbico; quer acabar com a liberdade que nós temos’. Não. Eu estou na minha igreja, pregando a Palavra de Deus, dizendo que pela Palavra de Deus, a vontade de Deus é a mesma. O Deus de Gênesis não mudou, Ele é o mesmo Deus de agora. A diferença é que há uma aliança nos céus, que é exatamente o arco-íris, onde Deus diz que isso ‘é para lembrar o homem e lembrar a mim mesmo que eu não vou fazer da forma que Eu fiz’”, acrescentou.
Marcar posição
Diante das críticas, o pastor André Valadão reiterou sua convocação aos irmãos na fé para seguirem pregando o Evangelho: “Quando eu digo ‘puxar as cordas’, cabe a nós, hoje, levarmos a oportunidade da mudança, de viver o amor de Jesus, não vivermos mais pelos nossos próprios desejos e vontades, vivermos para Deus, vivermos a vontade de Deus, a graça de Jesus, e é sobre isso que eu falo na minha mensagem”.
O termo que foi entendido como apologia à violência fora de contexto, foi novamente usado pelo pastor com o sentido original em seu sermão: “É tempo de resetar, é tempo de dizer ‘não’ para nós mesmos, a nossa própria vontade, e vivermos aquilo que é a vontade de Deus”.
“Quero te encorajar a [assistir a] minha nova série de mensagens, ‘Censura não’. […] Aquilo que é político, aquilo que é uma ‘lei’ mundial, do anticristo, tentam se estabelecer leis onde, cada vez mais, o cristão genuíno, começa a ser considerado um fora da lei por crer na Palavra de Deus como um firme fundamento da sua fé. Um cristão genuíno não vive a partir de uma democracia de direita ou esquerda, ele vive a partir do céu na terra”, enfatizou.
Finalizando o raciocínio, o pastor disse que “nunca será sobre matar pessoas” e que também não será sobre se ajoelhar às normas do politicamente correto: “Deus nos livre de qualquer narrativa que tentam colocar nessa mídia, que prega exatamente que quem não concorda com eles é fora da lei, é homofóbico, transfóbico, racista, é um militante… Não. Nós estamos dizendo de uma maneira muito clara: é preciso resetar, levar a humanidade à sua essência, a ter os olhos de volta para Deus. É a nossa vez”.
“O que nós vamos fazer? Vamos nos calar, ou vamos como cristãos genuínos levantar nesse dia e nos posicionar diante daquilo que cremos? Não podemos ser censurados, não podemos nos calar. É tempo de voz, é tempo de falar”, encerrou André Valadão.
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