O pastor e cantor evangélico André Valadão viralizou nas redes sociais nas últimas horas, após publicar um vídeo onde afirma ter recebido “dias atrás” uma intimação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a mando do ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte.
A intimação, segundo Valadão, seria para lhe obrigar a dizer que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é a favor do aborto, da descriminalização das drogas ou da liberação de pequenos furtos no país.
“Dias atrás recebi em minha residência uma intimação do TSE, através do senhor Alexandre de Moraes”, diz o pastor da Igreja Batista da Lagoinha, que segue, então, declarando o que seria a retratação a ser dita, afirmando que Lula “não é a favor do aborto. Lula não é a favor da descriminalização das drogas. Lula não é a favor de liberar pequenos furtos”.
“Os trombadinhas entrarão na sua casa, roubarão sua TV, roubarão seu celular, você correrá risco de vida e nada acontecerá com eles”, afirma o pastor em outro trecho do vídeo, onde aparece com semblante abatido, vestindo preto e com um fundo musical refletindo tristeza.
TSE nega intimação
Após a grande repercussão do vídeo de André Valadão em suposta retratação determinada pelo TSE, o tribunal teria negado que houvesse enviado qualquer intimação para o pastor.
A informação foi divulgada pelo jornalista Chico Alves, em sua coluna no portal UOL. “O inusitado é que a assessoria do TSE garante que não houve nenhuma determinação nesse sentido emitida pela corte”, diz Alves na sua matéria. “Foi essa a resposta que a assessoria da corte deu ao questionamento feito pela coluna.”
Desde que essa informação foi divulgada, André Valadão passou a ser acusado de mentir para tentar atrair visibilidade e votos em favor do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.
Vale lembrar, contudo, que diversos advogados que lidam com processos relacionados aos polêmicos inquéritos das “fake news” e dos “atos antidemocráticos”, relatados pelo ministro Moraes, alegam que não há transparência das informações do TSE quanto a esses processos, o que sugere que, possivelmente, a informação divulgada pelo UOL também pode não ser precisa. Assista:
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