A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), membro da Igreja Assembleia de Deus, foi alvo de uma nota de repúdio nesta quinta-feira, devido ao seu apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).
A nota foi emitida pela Convenção Estadual de Igrejas Evangélicas das Assembleias de Deus no Maranhão (CEADEMA). De acordo com a entidade, a senadora evangélica tem atuado de forma contrária à posição oficial da denominação no tocante ao espectro político-ideológico brasileiro.
O documento, assim, repudia a “atuação de Eliziane no Senado Federal e, sobretudo, pela declaração de apoio no 2º turno da eleição presidencial ao candidato Lula, em discordância com o posicionamento da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e da convenção CEADEMA que já declararam oficialmente apoio ao candidato Bolsonaro”.
CPI e reações
Eliziane Gama foi uma das senadoras que atuaram criticamente, contra o governo federal, na CPI da Covid instalada no Senado Federal. A Comissão foi apontada por aliados do governo como instrumento político, cujo objetivo seria apenas desgastar a imagem do presidente da República junto ao eleitorado.
Comentando a nota de repúdio, a também assembleiana Marina Silva alegou que o documento caracterizaria perseguição religiosa da própria Assembleia de Deus. “Dos mesmos criadores/defensores da ‘escola sem partido’, agora vemos a ‘igreja com partido’. A perseguição contra os cristãos começou e começou dentro da igreja!”, criticou.
A deputada federal eleita por São Paulo, contudo, curiosamente ainda não veio a público repudiar o fechamento de igrejas e prisões de líderes cristãos na Nicarágua, controlada pelo regime ditatorial de Daniel Ortega, aliado político do ex-presidente Lula.
Quanto à nota da CEADEMA, a Convenção conclui lembrando que Eliziane “tem dado sinais claros, através de seus discursos e posicionamentos, da falta de compromisso com a CEADEMA, inclusive com os termos assinado pela senadora na homologação da sua pré-candidatura.” Confira:
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