O cantor André Valadão se posicionou a respeito do escândalo causado pelo recebimento de uma verba de R$ 200 mil para a gravação de um DVD na cidade de Cabo de Santo Agostinho (PE).
Em um vídeo publicado em sua página no Facebook, André Valadão negou que o valor tivesse sido repassado a título de cachê, mas sim, como “verba colaborativa”, usada para financiar a “estrutura, construção e montagem” do espetáculo que será realizado no próximo sábado, 26 de setembro.
“São mais de 200 pessoas que estão trabalhando hoje. No dia da gravação serão cerca de mil pessoas, diretamente envolvidas nesse DVD”, disse o cantor. “Eu quero esclarecer pra vocês […] Que fique claro: essa colaboração que temos recebido não é cachê para o cantor, é ajuda para custear todo esse projeto que nós também temos investido tanto para acontecer”, acrescentou.
O pronunciamento de André Valadão foi forçado pela denúncia feita pelo vereador Mário Anderson da Silva Barreto (PSD), presidente da Câmara Municipal, alegando que o repasse de R$ 200 mil para o cantor era uma contradição, já que a cidade vive um momento de corte de despesas.
De acordo com informações do Diário Oficial dos Munícipios do Estado de Pernambuco, a negociação entre André Valadão e a prefeitura da cidade foi intermediada pela produtora Amando Vidas, sediada em Londrina (PR).
“O prefeito está gastando mais de R$ 400 mil para que o cantor gospel André Valadão grave o seu DVD em nossa cidade, sendo R$ 200 mil só de cachê”, criticou o vereador, que prometeu ir ao Ministério Público (MP) de Pernambuco e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) pedir que investiguem o contrato e a origem das verbas.
A prefeitura afirmou em nota que a contratação de André Valadão para a gravação de um DVD na cidade desempenha papel importante no “aquecimento do comércio local, da rede hoteleira e da potencialização do turismo, além de divulgar o município dentro e fora do país”.