Após o reconhecimento do Estado de Israel em 1948, pouco tempo depois do holocausto vivenciado pelos judeus nas mãos dos nazistas comandados por Adolf Hitler, a nação israelita iniciou um processo de crescimento econômico, militar, de fortalecimento cultural e tecnológico nunca antes visto na história do povo hebreu, se mantendo até hoje como um país de primeiro mundo e uma das regiões mais ricas do planeta com apenas 70 anos de reconstrução.
Estes sinais são interpretados por muitos teólogos cristãos e rabinos judeus como evidências do cumprimento das profecias bíblicas acerca dos últimos dias. É o que defende uma das maiores autoridades brasileiras em Arqueologia Bíblica e em Hebraico Bíblico, naturalizado israelita, autor de vários artigos e livros sobre temas judaicos, Miguel Nicolaevsky.
Para Miguel, o fato de Israel ser um país minúsculo se comparado aos seus vizinhos e rivais, como o Irã, a Turquia e a Arábia Saudita, e mesmo assim conseguir manter a sua soberania geográfica, cultural, econômica e tecnológica, só pode ser explicado por intervenção divina:
“O país é atacado todos os dias, por muitos inimigos. Existem ataques que nem chegam na mídia internacional, ataques internos como a imprensa de esquerda que rejeita a base espiritual da nação. Rejeita o direito do Povo Judeu de soberania na terra. Existem até organizações chamadas judaicas que apregoam boicotes contra o Estado de Israel. Em primeiro lugar, creio que o país e o governo se mantém de pé por interferência divina. Mesmo que o governo seja laico, algo maravilhoso no plano espiritual está ocorrendo”, disse ele.
A interferência divina, nesse caso, além de manter o povo judeu, possui o propósito de anunciar a segunda vinda de Jesus Cristo através das profecias bíblicas associadas à Terra Santa: “Eu chamo isso de o ‘florescer da figueira’ conforme podemos ler em Lucas 21:29-32”, disse o especialista, se referindo a passagem bíblica que diz:
“Olhai para a figueira, e para todas as árvores; quando começam a brotar, sabeis por vós mesmos, ao vê-las, que já está próximo o verão. Assim também vós, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei que o reino de Deus está próximo. Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo isso se cumpra”.
Para o arqueólogo, o aniversário de 70 anos, a prosperidade de Israel em diversas áreas e o testemunho do evangelho cristão ao povo judeu representam “os frutos bons descritos por Jesus, do meio do Povo de Israel”, disse ele em uma entrevista ao portal Guia-me, afirmando que isso “é sinal de que esta é a última geração até que tudo se cumpra”.