Existe, em setores do meio evangélico, uma certa fixação a respeito dos anjos. E essa curiosidade sobre os seres celestiais mencionados na Bíblia, mas ainda assim, misteriosos, levou o evangelista Billy Graham a abordar o assunto.
Aos 97 anos de idade, Graham vem publicando artigos no jornal Kansas City Star, e em uma edição de perguntas e respostas, um leitor o questionou sobre a natureza dos anjos: “Que aparência os anjos têm? Será que eles se parecem com as imagens que vemos em cartões de Natal? Ou eles são mesmo reais? Eu sempre fui curioso a respeito disso”, perguntou o leitor identificado apenas como E. K.
O evangelista baseou-se nos relatos bíblicos para tentar esclarecer as dúvidas: “Sim, os anjos são reais, tão reais quanto eu e você. Apesar de serem, em grande parte, invisíveis para nós, eles existem em grande número. A Bíblia fala sobre ‘milhares e milhares de anjos se alegrando em conjunto’ (Hebreus 12:22). Também quando o nascimento de Jesus foi anunciado aos pastores em Belém, ‘uma grande multidão do exército celestial apareceu… louvando a Deus’ (Lucas 2:13)”, escreveu Graham.
Indo mais a fundo na questão, Billy Graham destacou que, mesmo não tendo corpos físicos, os anjos “de vez em quando aparecem como seres humanos comuns ou seres celestiais gloriosos que refletem a majestade de Deus”.
“Quando Deus deu ao profeta Isaías uma visão de sua glória, seu trono foi cercado por anjos de grande esplendor e poder: ‘Ao som das suas vozes os batentes das portas tremeram’ (Isaías 6: 4)”, acrescentou.
Billy Graham pontuou que os anjos foram criados por Deus com um propósito: “Como tal, eles trabalham de formas ocultas para realizar a vontade de Deus e proteger o povo de Deus. Mesmo quando não estamos cientes deles, eles ainda são parte de nossas vidas. Eles também são parte de um grande exército invisível que luta constantemente contra Satanás e seus servos do mal. As promessas de Deus devem trazer conforto para cada crente: ‘Ele ordena a seus anjos, que te guardem em todos os teus caminhos’ (Salmo 91:11)”.
Em sua conclusão, o evangelista alertou contra os desvios de doutrina, frisando que os anjos jamais devem ser objeto de culto ou gratidão: “Não adoramos aos anjos; Somente Deus é digno de nossa adoração. Podemos agradecer a Deus por eles. E algum dia no céu vamos perceber o quanto eles fizeram por nós, obedecendo a ordem de Deus. ‘Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir aqueles que hão herdar a salvação?’ (Hebreus 1:14)”.